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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Passageiro doente deve avisar empresa

Companhia aérea pode se programar para o caso e até recusar embarque, diz especialista em medicina aeroespacial

Por trás dos atendimentos de emergência em voos no Brasil está, entre outras razões, o turismo médico, explica Vânia Melhado, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Aeroespacial.

São passageiros que vão a São Paulo, por exemplo, vindos das regiões Norte e Nordeste do país para se tratar. Muitos, afirma a médica, não avisam a empresa aérea com antecedência sobre a doença, o que permitiria a eles se preparar --e até mesmo recusar o passageiro.

Vânia presta serviços para uma companhia, que ela prefere não identificar. Em 2013 a empresa teve três mortes, todas de pacientes com doenças prévias, afirma a médica. ``Dos passageiros que declaram [doença], não houve nenhum pouso não programado [por emergência].``

Dietas adequadas, em alguns casos, podem evitar problemas, diz Vânia, que, como médica voluntária, atendeu a um caso de desmaio em um voo da TAM ano passado. Pacientes saídos de cirurgias no pulmão, coração ou cérebro, ou com problemas cardíacos estão entre aqueles nos quais há risco de voar. As companhias sugerem que os passageiros as procurem 72 horas antes do voo. Os formulários (``Medifs``) estão nos sites das empresas.

Outro problema é a falta de formação nas faculdades para médicos lidarem com medicina aeroespacial, o que ganha importância em razão do crescente número de passageiros a bordo em aviões.

FORTALEZA

Nove voos com destino ou origem no Brasil tiveram que desviar a rota e pousar no aeroporto mais próximo em razão de emergências médicas no ano passado, de acordo com dados da Medaire.

Entre as 120 companhias que a empresa atende, foram 563 no mesmo período. Isso acontece, por exemplo, se um passageiro tem um ataque cardíaco a bordo.

O aeroporto brasileiro que mais recebe voos em emergência é o de Fortaleza, ponto em terra mais próximo para que cruzam o Atlântico.

No mundo, aparecem na lista aeroportos dos quais brasileiros quase nunca ouvem falar, como Goose Bay, no Canadá --localidade que, a despeito de ter apenas 7.500 habitantes, tem o aeroporto preparado para aviões de grande porte.

Fonte: Folha de S.Paulo