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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Polícia Civil investiga morte de bebê por possível erro médico

Possível erro aconteceu no Hospital da Criança, depois que a menina recebeu medicamento intravenoso

A Polícia Civil investiga a morte de uma menina de sete meses de vida. Ontem, foi encaminhado o Registro de Defesa Social (Reds) à autoridade policial responsável pelas investigações informando o possível erro médico, como acredita a família da pequena Ana Júlia Freitas Gonçalves, morta na madrugada de terça-feira (5) nas dependências do HC da UFTM. Conforme a mãe da pequena “Aninha”, o possível erro aconteceu no Hospital da Criança, depois que a menina recebeu medicamento intravenoso. A mãe do bebê, a dona de casa Angélica Borges de Freitas Dias, disse que avisou a pediatra sobre as alergias do bebê e relata o drama de ter assistido sua única filha morrer: “Não pude fazer nada. Implorei por ajuda, mas foi em vão. Ela morreu na minha frente”, disse.

Já está em poder da delegada responsável pela Delegacia de Proteção à Família o Registro de Defesa Social (Reds) lavrado na manhã de ontem, onde tem como vítima fatal a garotinha de sete meses de vida, Ana Júlia Freitas Gonçalves.

Em entrevista ao Jornal da Manhã e Rádio JM 730, a mãe da garotinha fez um desabafo: “Na noite de segunda-feira e madrugada de terça, minha filha estava alegre. Sorria para todos. De vez em quando dava alguns gemidos. Demos a ela um medicamento que já era de costume, porém percebemos que o batimento cardíaco ficou acelerado. Imediatamente corremos para o Hospital da Criança. Informei à médica que ela tinha algumas alergias. A pediatra começou a aplicar medicamento e em questão de segundos ela começou a ficar roxa, respirar com dificuldades e aparecer manchas pelo corpinho frágil e pequeno”. Angélica interrompe a entrevista, chora e continua falando: “Assisti minha única filhinha morrer e não pude fazer nada. Implorei por ajuda. Ela morreu no Hospital da Criança e na frente de médicos e enfermeiras”.

A reportagem obteve informações junto a outros integrantes da família que tão logo a menina ficou roxa e teve dificuldades para respirar a médica do Hospital da Criança desesperou e acionou o Samu, com sua Unidade Avançada (UTI), que, de imediato, conduziu a criança ao pronto-socorro do Hospital de Clínicas da UFTM, onde foi confirmada a morte.

O pai da pequena Ana Júlia Freitas Gonçalves, o açougueiro Agnaldo Gonçalves Candido, 29 anos, também tomado pela emoção, diz que não tem palavras para expressar a sua dor: “Era minha única filhinha. Ela não morreu. Foi assassinada. Vou lutar até os meus últimos dias de vida por justiça. Quero que o culpado pague, para que outras crianças não morram. Vou à polícia, ao Ministério Público e à Justiça. Não vou sossegar enquanto não souber o que aconteceu com ‘Aninha’. Não vou sossegar enquanto não souber quem matou minha única filha”, diz, com os olhos lacrimejando.

O testemunho da avó paterna, Maria Aparecida Gonçalves Cândido, é também comovente: “Minha pequenina dormia do meu lado. Estava aprendendo a dar tchauzinho. Adorava brincar. Fez poses para tirar fotografias. Fiquei sem minha filhinha, afinal, avó é mãe duas vezes, e no caso dela era muitas mais vezes. Ela era alegre, não chorava”, neste momento ela pede desculpas e diz que não tem como falar.

Fonte: JM Online (Uberaba)