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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Médico falta a plantão e rapaz baleado é transferido para outra cidade, em RO

Com 3 balas alojadas, Robson Silva não foi atendido em hospital de Vilhena.
Família registrou boletim de ocorrência; estado de saúde é grave.


Na primeira noite de carnaval de rua de Vilhena (RO), Robson Santos Silva foi baleado com três tiros disparados por um adolescente de 17 anos. Com as balas ainda alojadas no corpo e em estado grave, o rapaz teve que ser transferido para Cacoal (RO) no domingo (10), porque não recebeu atendimento médico no Hospital Regional da cidade. O anestesista escalado para o plantão não compareceu ao trabalho e, segundo a direção do hospital, o médico justificou a falta por problemas de saúde. O rapaz esperou cerca de 6 horas para conseguir ser transferido.

Silva passou por uma cirurgia e está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional de Cacoal. Os disparos perfuraram rins, fígado e pulmão. Duas balas ainda estão alojadas na coluna e o rapaz deve passar por outra cirurgia.

De acordo com o diretor da unidade de saúde de Vilhena, Adilson Rodrigues, um Termo de Ajuste de Conduta (TAC) expedido pelo Ministério Público (MP) regulamenta que das 24 horas do plantão médico, apenas 6 horas devem ser cumpridas nas dependências do hospital. No restante do tempo, o profissional deve ficar atento aos chamados, podendo ser solicitado a qualquer momento. Segundo o diretor, o anestesista que estava na escala do plantão não foi localizado para atender ao paciente.

"Eu fiz meu contato com o médico também, mas não obtive sucesso. Foi aonde eu consegui a transferência e o encaminhamento para Cacoal. Depois ele [o médico] retornou e disse que estava indisposto e não viu o telefone tocar. Ele sabe das consequências. Eu acho impossível ele não ter visto o telefone tocar", afirma Rodrigues.

A família de Silva registrou um boletim de ocorrência contra o anestesista por omissão de socorro e o médico deve sofrer punições administrativas.

Fonte: Globo.com