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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 9 de novembro de 2013

Bebê indígena corre risco de perder a mão no AC; família culpa hospital

Mão de bebê necrosou após erro em aplicação de soro, diz família.
Criança está internada em Rio Branco; Saúde apura caso.


Um bebê indígena, de oito meses, da etnia Kaxinawá, corre o risco de ter uma das mãos amputadas no Acre. De acordo com a família, o membro começou a necrosar após a aplicação de soro na veia enquanto recebia tratamento médico no Hospital de Santa Rosa do Purus, no interior do estado. Ele foi encaminhado ao Hospital da Criança, em Rio Branco, onde permanece internado há pouco mais de um mês.

O pai da criança, Brito Lopes Nonato Kaxinawá, conta que viajou um dia de canoa da aldeia onde mora, no Purus, no dia 29 de setembro, em busca de atendimento para o filho que apresentava um quadro de febre tosse e diarreia. No Hospital de Santa Rosa do Purus, foi diagnosticado com pneumonia e começou a ser tratado.

Falando em português com dificuldade, Nonato afirma que um enfermeiro aplicou o soro em uma mão, mas por algum motivo teve que trocar o local da aplicação. "Ele passou de uma mão para a outra e cobriu. A mão começou a inchar e agora está preta", comenta.

Ainda segundo Nonato, a neném foi submetida a exames e os médicos retiraram parte do tecido necrosado. "Disseram que é preciso cortar", comenta. Por conta disso, a mãe da criança, Maria Pinheiro Kaxinawá, está assustada e não permite que os médicos se aproximem.

A chefe da enfermagem do Hospital de Santa Rosa do Purus, Francisca Sousa da Silva, nega que tenha ocorrido negligência no atendimento. "Estamos sendo acusados desse fato, só que o atendimento que foi realizado não condiz com o que está sendo dito, não houve administração de soro errado. A criança foi recebida, foi atendida e foi transferida, mas durante o período que esteve em nossa unidade não foi aplicado soro errado", disse.

Em nota, o secretário Adjunto de Estado de Atenção à Saúde, José Amsterdam Sandres, informou que a criança está recebendo assistência médica e apesar de requerer cuidados especiais em relação à mão, possui um quadro de saúde estável.

"As responsabilidades sobre possíveis erros de profissionais da saúde estadual, como relatados em reportagens da imprensa local, serão apuradas pela Sesacre. Caso erros sejam comprovados, procedimentos administrativos legais serão adotados, a fim de reparar o dano e evitar novos casos", disse.

Fonte: Globo.com