Entenda o que pode ter matado a modelo Pamela Baris Nascimento, 27 anos, durante a cirurgia estética
Cirurgia estética mais realizada no país, a lipoaspiração é ferramenta comum para modelos que buscam a perfeição física. Segundo o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, a cada 200 mil, seis acabam em morte todos os anos.
Foi o caso da modelo Pamela Baris Nascimento, 27 anos, que resolveu passar por uma segunda lipoaspiração no fim de outubro.
A operação, realizada na zona sul de São Paulo, começou às 11h15 da manhã. Às 18h, ela foi declarada morta. O procedimento ia bem até 16h30, quando a pressão arterial da modelo despencou até sete por três — longe do normal de 12 por oito. Neste momento a modelo sofreu uma parada cardiorrespiratória. A ficha médica indica atividade elétrica sem pulso, ou seja, um volume de sangue tão diminuto que o coração parou de funcionar.
A queda de pressão e a parada cardíaca indicam que Pamela sofria de uma grave hemorragia. Os médicos tentaram, sem sucesso, reanimá-la com massagem cardíaca.
Pamela foi operada pelo cirurgião Julio Cesar Yoshimura. Segundo relato de um médico auxiliar, ele decidiu fazer uma laparotomia (corte que vai do tórax até a região da pélvis) 45 minutos depois da queda de pressão e parada cardíaca. Ao fazer o corte, os médicos confirmaram que a hemorragia havia sido causada por um corte de 6 cm no fígado.
A hipótese mais provável é que a cânula (pequeno tubo que movimenta o equipamento para aspirar a gordura entre a pele e o músculo) usada na lipoaspiração tenha perfurado o fígado da modelo, levando a hemorragia e morte.
O Conselho Regional de Medicina instaurou uma sindicância para apurar o caso. A polícia pediu exumação do corpo da modelo, que foi enterrada em sua cidade natal São Francisco do Sul, em Santa Catarina.
Fonte: R7
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.