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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Alvo de "escracho" processa manifestantes

Seis membros do Levante Popular da Juventude estão sendo processados em Aracaju (SE) pelo médico José Carlos Pinheiro após participarem de dois "escrachos" — manifestações públicas — para divulgar que ele teria colaborado com torturadores durante a ditadura militar. Nas manifestações, os estudantes divulgaram que o médico teria participado de sessões de tortura com a função de examinar o estado de saúde das vítimas e avaliar até que ponto elas suportariam os atos de violência, noticiou o jornal Folha de S.Paulo.

Em nota, Pinheiro negou que tenha colaborado direta ou indiretamente com atos de tortura: "Minha formação ética e humanista não se compadece com o auxílio a qualquer atividade de tortura".

Na queixa-crime, o médico acusa os jovens de calúnia. O advogado que defende os manifestantes, João Paulo Santana, afirma que eles se basearam em relatos de ex-presos políticos que teriam sido torturados na presença de Pinheiro, como o ex-vereador Marcélio Bonfim.

Em 1989, Bonfim fez um pronunciamento na Câmara Municipal de Aracaju em que citou o nome de três médicos que teriam acompanhado as sessões de tortura às quais foi submetido — entre eles José Carlos Pinheiro. No depoimento, Bonfim relata que, a cada agressão, Pinheiro "auscultava para conferir o sofrimento e até que ponto o ser humano aguentava as torturas".

Pinheiro atribui as acusações a um "tremendo engano" e afirma ter sido confundido com outra pessoa. Diz ainda que, na ocasião, ingressou com uma ação penal contra o político, mas que a Justiça arquivou o caso. Pinheiro diz que os estudantes "foram os autores do crime de injúria, que ofendeu incisivamente a minha honra subjetiva".

"Escrachos"
O Levante Popular da Juventude faz desde 2011 "escrachos" em frente à residência ou ao local de trabalho de suspeitos de participação em sessões de tortura. A estudante Jessy Dayane Santos, 23, que está entre os processados por Pinheiro, diz que o objetivo dos atos é expor publicamente nomes que colaboraram com a ditadura.

Fonte: Revista Consultor Jurídico