Cirurgião de Nova York propõe injetar a substância para congelar marcas de expressão dos praticantes da modalidade
A poker face definitiva pode estar vindo aí. E não é modo de dizer. Um médico esteticista de Nova York quer injetar botox na cara de jogadores de poker para eliminar qualquer tipo de expressão facial durante as partidas. Quem já viu socialites forçando um sorriso nulo em revistas de celebridades sabe que a técnica tem tudo para dar certo. O nome : Pokertox.
Jack Berdy, o médico responsável pela ideia, converosu com vários praticantes do jogo para fazer uma lista dos principais “sintomas” que delatam a opinião do jogador em relação a sua própria mão: é muito comum que a pessoa cerre os olhos levemente, dê uma franzida na testa e levante uma ou mesmo as duas sobrancelhas assim que bate os olhos nas cartas. A ideia seria injetar botox exatamente nessas regiões, deixando impossível que seus rivais possam levantar suspeitas sobre o quão ruim ou bom está seu jogo. O contrário também pode acontecer; Berdy diz que a substância pode criar um efeito de sobrancelhas levantas permanentemente, por exemplo, dando aos seus oponentes falsos motivos para desconfiar. A operação custa entre 600 e 800 dólares e seus efeitos duram até 4 meses. Até agora, ninguém procurou o médico para marcar a operação – ela foi anunciada há uma semana.
A repercussão da novidade não tem sido exatamente caloroso. De acordo com alguns jogadores profissionais, o Pokertox está pelo menos uma década atrasado, já que, hoje em dia, coisas como tamanhos e padrões de aposta são levados mais em conta do que simplesmente uma testa franzida. Há quem diga que outras reações, tão comuns quanto as mudanças de expressão facial, jamais seriam maquiadas por procedimento cirúrgico. Veias saltadas, conversas animadas com outros jogadores e compulsão por comer os salgadinhos à mesa são exemplos clássicos.
Fonte: Revista Galileu
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.