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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Conselho de Medicina investiga suposto erro médico em Americana

Alérgico morreu devido ao uso de medicamento a base de penicilina

O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) instaurou uma sindicância para apurar a morte de um professor de biologia, que faleceu por causa de complicações em um tratamento com um medicamento a base de penicilina. Renzo Apolônio Camargo, de 53 anos, deu entrada no pronto-socorro do Hospital São Francisco, em Americana (SP), no sábado (1), reclamando de dores na garganta.

Ele foi tratado com uma injeção do antibiótico Benzetacil e, segundo Ivã Lucino Camargo, irmão do professor, a família tem um histórico de alergia a penicilina. ``O mínimo que deveria ser feito é um teste antes da aplicação``, lamenta.

Horas depois do atendimento no Hospital São Francisco, o paciente começou a sentir dificuldades para respirar e foi levado para o Hospital da Unimed em Americana. Camargo teve uma parada cardiorrespiratória no fim da noite de sábado, foi encaminhado à Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e ainda resistiu até a noite de domingo, quando sofreu mais uma parada e faleceu.

De acordo com a assessoria de imprensa do Hospital da Unimed em Americana, a causa real da morte do professor ainda está sendo investigada e será divulgada nos próximos dias. Por enquanto, trabalha-se com a hipótese de choque anafilático.

Sindicância

O Cremesp instaurou a sindicância para apurar os detalhes do caso. Este procedimento do conselho, chamado de ex-officio, consiste na abertura de um processo pelo próprio orgão, através do conhecimento formal da denúncia de uma possível irregularidade médica.

A assessoria de imprensa do Cremesp informou que o prazo mínimo para a coleta das informações e o fechamento da sindicância é de seis meses. Após este prazo, caso constatada a imperícia, o plantonista que atendeu o paciente pode sofrer um processo ético profissional e ter seu registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) cassado.

Em Americana, a Comissão de Ética do Hospital São Francisco iniciou uma averiguação interna para investigar o que aconteceu e está respondendo diretamente ao Cremesp e ao CRM. Enquanto isso, o médico responsável pela aplicação indevida do antibiótico, e que não teve o nome revelado, continua exercendo a função dele.

``Não Foi em Vão``

A indignação da família do professor Renzo chegou às redes sociais na noite de quarta-feira (5). Em seu perfil na rede de relacionamentos Facebook, o irmão dele manifestou a sua indignação pelo que aconteceu. Para isso, usa a arte como instrumento de luta.

Com a campanha ``Não Foi em Vão``, Ivã pede para que as pessoas se informem sobre a composição dos medicamentos receitados e que a classe médica inclua na pauta de discussão formas para evitar as consequências do que aconteceu com o irmão dele. ``Não quero que outras pessoas passem por esse sofrimento``, desabafa.

Fonte: G1