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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

CE: Paciente denuncia falta de atendimento do PSF

Oneide Costa, que sofre de câncer na face, estaria sem receber o acompanhamento da equipe médica

Os moradores da Travessa Amora, na comunidade do Campo do América, na Aldeota, estão sensibilizados com o caso da dona de casa Maria Oneide da Silva Costa, 67 anos, que se encontra acamada em decorrência de um câncer na face. Vizinhos afirmam que o acompanhamento pelo qual a senhora recebia do Programa de Saúde da Família (PSF) está parado.

O caso de Oneide, conforme aponta uma vizinha que preferiu não se identificar, é muito delicado. Ela explica que a doença se estende há cinco anos e que o acompanhamento recebido pelo Centro de Saúde da Família da região se refere à limpeza e à troca dos curativos. Porém, há cerca de um mês, a senhora não recebe a visita da auxiliar de enfermagem. Por isso, segundo aponta, quem faz o procedimento é a neta da dona de casa.

``Ela não tem mais os olhos, nariz, e a parte superior da boca e parte do cabelo, se alimenta com muita dificuldade e somente de líquidos``, acrescenta a vizinha. Além disso, a família passa por dificuldades financeiras, e não tem condições de arcar com o material necessário, como gases e esparadrapos.
A estudante Dairlane da Silva, 21 anos, neta da dona de casa, afirma que passou a ter que comprar o material. Os gastos com apenas um curativo, que abrange praticamente todo o rosto, ficam em torno de R$ 43, sendo necessário, no mínimo, a utilização de dois ao dia.

Justificativas

Sobre os motivos pelo qual as visitas não mais foram realizadas, Oneide afirma que diversas foram as justificativas do CSF, como falta de material, ausência do motorista, máquina de esterilização danificada, posto de atendimento lotado, entre outras. A última explicação dada, segundo a paciente, foi a de que a auxiliar responsável pela área estava de férias. ``Dia 8 de agosto foi o último em que ela veio``.

A reportagem procurou o Centro de Saúde da Família Miriam Porto Mota, mas foi informado que a coordenadora da unidade estava de licença médica, e a substituta em reunião o dia todo com a Prefeitura. Os funcionários do Centro tentaram localizar os últimos prontuários da paciente, mas os documentos localizados eram do ano de 2011.

A assessoria da Secretaria Executiva Regional II informou que a paciente continua sendo assistida normalmente pelo PSF, tendo, inclusive, recebido a equipe do programa, composta por médica, enfermeira e agente social, no mesmo dia em que a reportagem esteve no local. A Regional informou que não houve falta de material, e que o alto clave de esterilização quebrado foi consertado imediatamente.

Fonte: Renato Bezerra - Verdes Mares