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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Paciente estrangula auxiliar de enfermagem que não liberou remédio em US no Paraná

Auxiliar de enfermagem trabalha na US do Bairro Alto há dois anos e atua na área há 15

Uma auxiliar de enfermagem de 49 anos foi estrangulada por um paciente na Unidade de Saúde (US) do Bairro Alto, em Curitiba, na tarde desta quarta-feira (6). Segundo a funcionária, o homem ficou irritado porque ela não pôde liberar um remédio para a esposa dele, já que a receita estava irregular.

“Primeiro, a mulher dele chegou na área da farmácia com uma receita feita por um médico particular, pedindo omeprazol. Eu expliquei que não tinha como dar o medicamento, porque nós só fornecemos para pacientes do Sistema Único de Saúde. Isso é norma da Secretaria, não temos como mudar”, relatou a auxiliar, que preferiu não se identificar, em entrevista à Banda B na tarde de hoje.

A mulher, então, saiu do local e, cinco minutos depois, o marido dela chegou, brigando e pedindo pela medicação. “Eu voltei a falar o que já tinha dito para a esposa e ele começou a me xingar de tudo quanto é nome. Em seguida, empurrou a porta que dá para o balcão e foi para cima de mim. Me pegou pela gola do jaleco e me estrangulou. Eu fiquei completamente apavorada”, completou ela. A auxiliar contou com a ajuda de uma colega para afastar o paciente. De acordo com ela, o homem saiu da farmácia e a confusão continuou na área de entrada da Unidade de Saúde.

“Ele continuou xingando todo mundo, os médicos, enfermeiros, até os taxistas que estavam lá fora, e foi empurrando quem estava na frente, criança e mulher grávida”, contou a auxiliar. A Guarda Municipal (GM) foi acionada, mas, segundo a vítima, a viatura demorou quase uma hora para chegar à US. “Foi revoltante, porque, além de tudo, tivemos essa dificuldade. Nós não temos segurança nenhuma aqui e olha que trabalhamos até as 22h”. A chefe do distrito responsável pela US do Bairro Alto, Leia Regina da Silva, declarou que essa foi uma situação pontual e que a GM sempre dá todo o suporte quando necessário.

“Diversas pessoas passam pela Unidade todos os dias e, durante o tempo em que ela está em funcionamento, nós não temos esse tipo de ocorrência. Nós repudiamos demais o que aconteceu, mas afirmamos que esse caso isolado não reflete a nossa realidade”, disse ela.

De acordo com a prefeitura de Curitiba, a GM demorou 10 minutos desde o acionamento até a chegada no local. Guardas fizeram buscas na região para tentar localizar o agressor, mas não obtiveram sucesso. Em seguida, voltaram à US para orientar a vítima a registrar a ocorrência na delegacia.

Medo - A auxiliar de enfermagem trabalha na US do Bairro Alto há dois anos e atua na área há 15. Ela ainda não sabe se vai ter coragem de voltar ao cargo que ocupava no local. “Eu ainda nem parei para pensar nisso. Estou muito assustada, me sinto humilhada, é complicado pensar que alguém invade o seu espaço e se acha no direito de te agredir física e verbalmente. Eu não consegui dormir nem comer direito desde ontem, estou morrendo de medo”, comentou. Ela registrou Boletim de Ocorrência sobre o caso e fez também exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal. Por enquanto, a auxiliar está afastada do trabalho.

fonte-bandab.com.br/TNOnline