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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Pais dizem que maternidade particular trocou bebês em SP

Recém-nascidos estavam com pulseiras de identificação erradas, disse mãe.
Hospital Santa Joana afirmou que instaurou um comitê para apurar o fato.


Os pais de uma recém-nascida acusam o Hospital Santa Joana, em São Paulo, de troca de bebês na maternidade. A autônoma Ana Paula Silveira conta que, após ela dar à luz a menina Alice, a enfermeira levou para o quarto um menino na noite de quarta-feira (29). O erro, segundo a mãe, só foi percebido quando o marido dela, Victor Hugo Paulino, desconfiou da fisionomia do bebê e pediu para que a funcionária tirasse a roupa e a fralda colocadas no berçário.

“Ele viu que não parecia com a nossa filha e suspeitou quando a enfermeira disse que precisaria trocar as pulseirinhas dela porque o número do quarto estava errado. O bebê estava vestido com as roupas que nós levamos para a Alice, tudo rosa. Quando ela tirou a roupa, vimos que era um menino”, contou Ana Paula ao G1.

Para denunciar o caso, o casal publicou fotos no Facebook dos bebês com as roupas trocadas. “Foi um desespero, minutos de terror porque não sabia onde minha filha estava. Achei que tivesse acontecido algo com ela e que por isso tinham substituído ela por alguém. .. A gente fica até com medo. Qual seria a intenção dessa pessoa?”, questionou a mãe.

A movimentação no quarto de Ana Paula foi percebida pela parente de outra mulher, que tinha dado à luz no hospital no mesmo dia e que dizia ter recebido o bebê errado. Ao invés de um menino, as enfermeiras entregaram uma menina à outra mãe, que, no caso, era Alice, filha de Ana Paula.

Ao constatarem o erro, a garota foi levada até o quarto, onde foi constatado que o menino era filho da outra mulher, internada na mesma ala do hospital. Após a denúncia de troca no berçário, as mães e as crianças fizeram um exame de DNA nesta quinta-feira (30), mas o resultado deve ficar pronto em 10 dias.

As famílias dizem que as pulseiras dos bebês, com os nomes das mães errados, foram trocadas no berçário, já que os recém-nascidos saíram da sala de parto com as informações corretas. Já o Santa Joana informou em nota que, pelos procedimentos padrões do hospital seria impossível que o evento se confirmasse, mas instaurou um comitê para apurar os fatos.

Troca de pulseiras
O pai de Alice, Victor Hugo Paulino, começou a suspeitar de que algo estava errado quando a parente da mãe de outro bebê disse ter visto uma enfermeira trocar a pulseira de uma criança no berçário. “O meu nome estava lá, na pulseira do bebê, mas não era a minha filha”, disse Ana Paula.

Desde o ocorrido, a autônoma não autorizou que a filha voltasse para o berçário até que as duas tenham alta médica. As famílias cobraram explicações da diretoria do hospital, mas até esta publicação nenhuma explicação sobre o ocorrido havia sido dada, segundo Ana Paula.

“Na hora que ela (enfermeira) viu que era um menino, ela não esboçou surpresa, disse que poderia ter ocorrido algum erro na troca do turno e foi embora. Veio um rapaz se desculpando pelo hospital, que isso nunca tinha acontecido, que eles vão fazer uma reunião... Mas até agora ninguém explicou o que aconteceu”, disse.

A família de Ana Paula disse que vai registrar um boletim de ocorrência e entrará com processo contra o hospital. O Santa Joana informou que possui tecnologia avançada de controle neonatal e materno e que pelas normas de segurança em vigor na instituição é impossível que uma criança saia do hospital sem a presença de sua mãe biológica.

Fonte: Globo.com