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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Criança transferida para UTI morre após ambulância quebrar em rodovia

Mãe da menina disse que veículo não tinha condições de rodar, em Goiás.
Paciente esperou por mais de uma hora até que outro transporte chegasse.


A família de Nicole Vitória Ramos do Nascimento, de 2 anos, denuncia que a menina morreu após chegar ao Hospital de Urgências de Santa Helena de Goiás (Hurso), no sudoeste goiano, devido à demora na transferência para a unidade de saúde. A ambulância que transportava a criança quebrou durante o percurso de Catalão, onde ela estava hospitalizada, para o Hurso, a 388 km de distância, provocando o agravamento do estado de saúde da paciente, que precisava de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O caso aconteceu na madrugada de domingo (17). Segundo a mãe da garota, Lara Nascimento, a ambulância não tinha condições de circular. "O próprio motorista disse que tinha demorado a chegar no hospital de Catalão para fazer a transferência porque foi buscar a ambulância na oficina. O mecânico disse para ele que a ambulância não tinha condições de rodar porque estava toda remendada”, disse.

Nicole nasceu com paralisia no cérebro e precisava de cuidados especiais. Na última quarta-feira (13), a garota teve convulsões e apresentou sintomas de pneumonia, por isso, ela foi internada na Santa Casa de Misericórdia de Catalão, cidade do sudoeste goiano onde a família mora. Como o estado de saúde dela era delicado, foi solicitado vaga em uma UTI pediátrica. A transferência aconteceu no sábado (16), quando conseguiram um leito em Santa Helena de Goiás.

A garota foi transportada por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Segundo a família, o veículo demorou mais de 12 horas para ser liberado para fazer a transferência de Nicole. A ambulância estragou na metade do caminho, próximo a Itumbiara, no sul goiano.

De acordo com a mãe de Nicole, foi preciso esperar mais de uma hora na rodovia para que outro veículo chegasse ao local e levasse a paciente até o hospital. “Nesse tempo, eles abriram a ambulância todinha. Estava fazendo muito frio e a gente ficou exposta, com aquele tanto de caminhão passando”, disse.

A criança chegou com vida ao hospital, mas morreu na UTI do Hurso depois de duas paradas cardíacas. “Os próprios médicos disseram que a demora foi um dos fatores que complicou o estado dela. Se tivesse chegado antes, a chance teria sido maior”, relatou Lara.

A Secretaria Municipal de Saúde de Catalão, responsável pela ambulância, não quis se pronunciar sobre o caso.

Fonte: G1/Goiás