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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Polícia investiga morte de aposentado que sofreu parada cardíaca após tomar sedativo

A Polícia Civil de Campinas investiga a morte do aposentado Valdir Rinaldo Gouveia da Silva, 61 anos, que sofreu uma parada cardíaca na segunda-feira (4) no Hospital e Maternidade Celso Pierro, em Campinas, poucas horas depois de tomar um sedativo. O hospital e o IML (Instituto Médico Legal) apuram o caso para determinar se houve alguma ligação entre o medicamento e a morte do aposentado.

O caso foi registrado como morte a ser esclarecida, já que não é possível precisar se o medicamento ministrado teve relação com a morte. O 1º DP (Distrito Policial) de Campinas está a cargo das investigações e informou que ainda ouvirá funcionários do hospital e familiares de Silva.

O primeiro atendimento ao aposentado ocorreu na semana passada, após um acidente envolvendo motocicleta. Silva teve uma queimadura na perna e caiu do veículo, batendo a cabeça, e depois passou por uma bateria de exames ao dar entrada no hospital. Na ocasião, nenhum problema foi constatado.

"Ele comentou [sobre a queda] na hora que foi para o hospital. Eles fizeram exames e não houve alteração alguma", disse Nathalia Ferreira, 26, sobrinha da vítima, ressaltando que o tio foi liberado na ocasião.

No sábado (2), o aposentado voltou ao hospital relatando dores de cabeça. Mais uma vez, passou por uma bateria de exames, novamente sem que nenhum apontasse problemas. Na parte da noite, ele foi informado sobre o resultado dos exames e de que teria alta.

Silva discordou do diagnóstico e começou a discutir com a equipe de funcionários do hospital. Alterado, segundo a versão da família, ele começou a dizer frases desconexas e ficou agressivo. Por conta disso, os médicos resolveram lhe dar um sedativo.

Poucas horas depois de tomar o medicamento, no início da manhã de domingo (3), Silva teve uma parada cardíaca e morreu. "Estamos um pouco atordoados, fizemos o boletim de ocorrência porque ele nunca teve problemas de coração", contou a sobrinha.

Segundo ela, o hospital coletou material e realizou alguns exames para determinar a causa da morte, mas a família ainda não foi informada dos resultados. Ela também ressaltou que a ocorrência policial foi registrada para que o caso seja apurado. "Depois que a família colocar a cabeça no lugar, vamos decidir o que fazer", declarou. O corpo da vítima foi enviado para São Paulo, onde foi enterrado na tarde de segunda-feira (4).

Outro lado

Questionado, o Hospital Celso Pierro informou, através de sua assessoria de imprensa, que o caso está sendo analisado pelo SVO (Serviço de Verificação de Óbito), serviço da instituição que analisa os procedimentos e ações tomados em casos que envolvem pacientes que morrem menos de 24 horas depois de darem entrada na unidade. A instituição também informou que irá passar detalhes do caso, como qual foi o medicamento sedativo ministrado a Silva, apenas para a família.

O IML (Instituto Médico Legal) também foi acionado e informou que irá fazer exames para determinar a causa da morte. O prazo para o laudo é de até 30 dias. Procurada, a Prefeitura de Campinas informou que ainda não havia sido notificada da ocorrência, mas que, tão logo o fosse, tomaria providências para apurar a situação.

Vera Cruz

Caso os exames confirmem que a morte de Silva teve ligação com o atendimento prestado no hospital, a situação não terá sido a primeira a ser registrada em Campinas nas últimas semanas. Três pessoas morreram, na noite da última segunda-feira (28), no Hospital Vera Cruz, depois de passarem por um exame de ressonância magnética.

Nesse caso, a principal suspeita é que a causa da morte seja química, já que a função hepática dos três pacientes mortos foram comprometidas em um curto espaço de tempo, segundo informações do IML.

Fonte: UOL