Criança foi atendida no Hospital da Criança e transferida para o HC-UFTM.
Apenas a direção da do HC-UFTM se manifestou sobre o caso.
Na madrugada de terça-feira (5), um bebê de sete meses morreu depois de ser atendido em dois hospitais em Uberaba. A família da criança suspeita que um medicamente aplicado nela foi a causa da morte. A direção dos dois hospitais ainda não se manifestou sobre o caso.
A avó da criança, Maria Aparecida Cândido, disse que passou o dia com a menina e ela se alimentou normalmente, na segunda-feira (4). No fim da tarde, a avó percebeu que o bebê estava inquieto e havia vomitado. Antes de procurar o atendimento médico ela deu um analgésico infantil. "Coloquei a mão no peitinho e o coração dela estava pulsando muito forte. Apavorei e levamos para o hospital", contou.
Angélica Borges de Freitas, a mãe do bebê, disse que ele dormiu antes do atendimento no Hospital da Criança e após a aplicação de um medicamento para cortar o vômito teve uma convulsão e os problemas começaram. "Chegamos ao hospital e ela estava dormindo no meu colo. Cheguei a sugerir que voltássemos para a casa, mas como ela estava com falta de ar resolvemos levar", explicou.
Ainda de acordo com a família, a criança sofreu uma parada cardíaca e foi transferida para o HC-UFTM, onde morreu. Na certidão de óbito consta que ela faleceu depois de sofrer bronco espasmo, parada cardiorrespiratória e choque hipovolêmico. "O médico falou que não deveria ter dado essa injeção nela", disse o pai, Aguinaldo Cândido.
Para o médico pediatra Sandro Pena é difícil atribuir ao atendimento médico a causa dessas complicações. "A gente não sabe como aconteceu, mas acho que o procedimento foi todo correto. Tem que esperar para ver a necropsia, mas acredito que tenha sido uma fatalidade", comentou.
Sandro disse ainda que uma série de fatores podem ser levadas em conta e dificilmente um choque hipovolêmico é causado rapidamente. "Com o choque pode ocorrer uma série de situações como diarreia, desidratação e às vezes vômitos, todos os quadros que podem levar a uma desidratação grave", concluiu.
A direção do Hospital da Criança ainda não se manifestou e disse apenas que fará uma declaração após a conclusão da necropsia que indicará a causa da morte da criança.
O HC-UFTM, que realizou o segundo atendimento a criança, divulgou uma nota na tarde desta quarta-feira, informando que a criança deu entrada no hospital com suspeita de choque anafilático. Segundo a nota, apesar de todas as medidas tomadas pela equipe do pronto socorro infantil, a criança não resistiu.
Fonte: Globo.com
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.