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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Como a tecnologia está redefinindo a relação médico-paciente

São Paulo - O futuro da relação médico-paciente poderia ser resumido na fala final de um médico em uma consulta: "Entra neste site que ele vai te ajudar a entender melhor o seu problema e baixa esse aplicativo no seu celular para te ajudar no tratamento".

A opinião é de Daniel Wjuniski, co-fundador e CEO do portal Minha Vida - site de saúde e bem estar que permite que o internauta encontre médicos e agende consultas. Para ele, a tecnologia contribui para amplificar a inteligência e a boa prática dos médicos em seu dia a dia.

O site, que começou com indicações de médicos feitas pelos próprios pacientes, tem mais de 11 mil profissionais cadastrados e continua pedindo indicações. A ideia é que as pessoas se sintam seguras ao escolher um médico online.

O site Help Saúde oferece um serviço parecido. Lá, o internauta pode procurar um médico de acordo com a especialidade, disponibilidade de agenda e proximidade de sua casa ou trabalho.

Além disso, após a consulta, as informações dos pacientes ficam registradas num prontuário digital que pode ser visto por outro médico que o paciente venha a consultar – até mesmo no exterior – com as principais informações traduzidas.

"Por exemplo, se um paciente estiver em férias na França e tiver um problema de saúde lá, o médico que o atender pode receber seu prontuário com as informações mais importantes (como doenças crônicas e alergias) traduzidas para o francês", explica José Luiz Carvalho, CEO da NetCom, empresa responsável pelo site.

Segundo Carvalho, a próxima etapa é fornecer, aos usuários, uma classificação dos médicos cadastrados. A ideia é usar a classificação que o Ministério da Saúde faz sobre a formação dos profissionais (graduação, pesquisas, pós-graduações, mestrados, etc) e também oferecer um espaço para o próprio médico apresentar seu currículo – tudo para ajudar o paciente a fazer a melhor escolha.

Tudo digital

Na mesma linha, o hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, utiliza da tecnologia para aproximar o paciente de seu próprio tratamento. O hospital disponibiliza informações sobre o atendimento e o tratamento de um paciente online.
Os dados são protegidos por senha. Só o paciente e os médicos autorizados têm acesso a eles. No site do hospital, podem-se ver resultados de exames, medicamentos receitados e detalhes do tratamento.

"Isso possibilita que o paciente tenha consciência de seu tratamento e possa debater com o médico os próximos passos", explica Antônio Eduardo Antonietto Junior, gerente de relacionamento do hospital Sírio-Libanês.

Segundo o médico, as informações sobre o paciente circulam em formato digital no hospital – de receitas a pedidos de exames e e resultados. "Até os médicos mais antigos e resistentes estão encontrando formas de se modernizar e se encaixar nesse modelo 'paperless'", afirmou.

A prescrição eletrônica foi implantada no hospital em 2008. Naquela época, o médico fazia o pedido no papel e havia um transcritor que transferia as informações para o sistema. Aos poucos os médicos foram se adaptando e, hoje, 75% das prescrições feitas dentro do hospital são eletrônicas. Segundo Antonietto, a expectativa é de que, até o final de dezembro, não haja mais nenhuma prescrição em papel.

Antonietto, José Luiz Carvalho e Daniel Wjuniski falaram nesta segunda-feira no evento "Fórum EXAME Info – O Futuro da Saúde", que aconteceu em São Paulo, sobre como o acesso à informação está mudando a relação entre médicos e pacientes.

Fonte: Exame.com