Jovem de Dom Feliciano morreu no hospital de Camaquã na quarta (8).
Exames constaram que causa da morte foi por meningite meningocócica C.
Uma adolescente teve morte confirmada nesta sexta-feira (10) por meningite bacteriana em Dom Feliciano, na Região Sul do Rio Grande do Sul. Jéssica Madalena Goldez Wiatrowski, de 17 anos, morreu na madrugada de quarta-feira (8) no Hospital Nossa Senhora Aparecida de Camaquã.
Um exame feito no Laboratório Central de Saúde Pública do estado constatou que a causa da morte foi por meningite meningocócica tipo C. O resultado saiu na quinta (9).
A jovem trabalhava como estagiária na Escola Municipal de Educação Infantil João Cândido. A Secretaria Municipal de Educação, Cultura e Esporte decretou luto e suspendeu as atividades na creche por dois dias.
Com sintomas de gripe, a adolescente procurou atendimento no hospital de Dom Feliciano na tarde de terça (7). “Dor no corpo, febre alta. Sintomas até comuns nessa época. O médico prescreveu medicamentos e ela voltou ao trabalho”, relata ao G1 secretário de Saúde de Dom Feliciano, Tiago André Szortyka.
Duas horas depois, porém, Jéssica voltou a passar mal. Após o expediente de trabalho, por volta das 17h, foi ao posto de saúde. Com febre muito alta e queda de pressão, a jovem desmaiou e foi levada ao Pronto Atendimento do Hospital Nossa Senhora Aparecida de Camaquã, onde chegou por volta das 19h.
Segundo o secretário, a adolescente teve o quadro clínico agravado em questão de horas. “Fizemos o teste de encostar o queixo no peito e ela não apresentou dificuldades. Mas tinha todos os outros sintomas”, descreve o secretário.
Exames realizados já na madrugada de quarta (8) mostraram que a jovem tinha queda de plaquetas. O corpo também apresentou petéquias, que são pequenas manchas vermelhas na pele, resultado hemorragia de vasos sanguíneo. “Logo ela teve que ser entubada”, informa o secretário. Vinte minutos depois, Jéssica morreu.
Após a confirmação do óbito, a Prefeitura de Dom Feliciano solicitou ao governo do estado a distribuição de medicamentos preventivos à meningite. "Só o estado que fornece. Como ela tinha contato com o berçário e crianças até cinco anos, é importante", reforça Szortyka.
Além disso, a Secretaria da Saúde de Dom Feliciano reforçou o atendimento no hospital e postos de saúde. "As pessoas estão se queixando de muitos sintomas e os casos precisam ser examinados", sustenta.
A morte de uma mulher de 29 anos, há cerca de uma semana, está sendo avaliado. Existe a possibilidade dela também ter sido vítima de meningite.
Cachoeirinha tem surto da doença
Após duas mortes e mais um caso confirmado de meningite, a Prefeitura de Cachoeirinha, na Região Metropolitana de Porto Alegre, antecipou as férias escolares para os cerca de 9 mil alunos da rede municipal e estadual da cidade. O motivo é o surto da doença no bairro Jardim Betânia, onde o contágio já deixou duas vítimas.
Um adolescente de 17 anos está internado e teve o diagnóstico de meningite confirmado por exames. Ele está no Hospital Padre Jeremias, onde passa bem, segundo a Secretaria de Saúde de Cachoeirinha. Duas crianças morreram em função da doença. As vítimas foram uma menina de 12 anos, que morreu no dia 2 de julho, e um menino de 8, cujo óbito foi informado na terça (7).
A segunda vítima, Wesley, foi levada duas vezes pelo pai, Márcio Silva de Castro, ao Hospital de Cachoeirinha. Porém, a doença foi descartada por médicos que atenderam o menino nas duas oportunidades.
"Minha esposa está desesperada. A irmã dele, desesperada. Se tivessem, no mínimo, falado que podia ser meningite, eu o levaria a algum outro lugar. Como eles descartaram, acabaram prejudicando meu filho. Quando eu levei para outro hospital, não tinha o que fazer", lamenta o pai do menino.
O decreto de emergência foi assinado com o objetivo de garantir recursos para viabilizar a vacinação da população da cidade. A partir desta sexta (10), será montada uma estrutura para imunizar os moradores do bairro Jardim Betânia.
Fonte: G1/Rio Grande do Sul
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.