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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

RJ: Denúncia de negligência no Leal Jr.

Vítima de atropelamento teve ferimentos leves e estava sob observação, mas acabou morrendo asfixiado por prótese dentária

Parentes de um homem, vítima de atropelamento, acusam profissionais de saúde do Hospital Municipal Desembargador Leal Junior, em Itaboraí,de negligência. O homem, identificado como José Paulo do Carmos, de 54 anos, teria morrido dentro do hospital asfixiado por uma prótese dentária. De acordo com parentes, José Paulo teve ferimentos leves ao ser atropelado em Porto das Caixas, no último domingo, por volta das 8 horas, na Rua Nossa Senhora da Conceição, no bairro portuense. Três horas depois do acidente ele teria sido encontrado pelos familiares dentro da unidade médica amarrado em uma maca e sem se mexer.

Os parentes afirmam que José fora socorrido pelos bombeiros e atendido por dois médicos plantonistas, sendo o primeiro um clinico geral e o outro um ortopedista, já no hospital. Ainda segundo o depoimento dos parentes, depois da avaliação os médicos o encaminharam para enfermaria onde o paciente deveria ficar em estado de observação. O lavrador Valter Rosa, de 61 anos, irmão de José Paulo, contou que durante o atendimento, o paciente estava bem, conversando com os médicos e familiares e chegou a pedir água. Logo depois, os familiares foram orientados a se retirar da unidade hospitalar e retornar apenas após às 15h, no horário de visita. Valter Rosa, no entanto, surpreendeu-se com o que viu. ``Meu irmão estava com os braços amarrados, quase desacordado e ofegante, tentando puxar o ar. Perguntamos aos enfermeiros o que estava acontecendo, porque quando saímos de lá estava tudo bem e ninguém soube explicar. A equipe tentou socorrer, mas era tarde demais``, contou Valter Rosa. Para o jovem Ramon Vieira, 29 anos, o paciente teria ficado no hospital sem observação da equipe médica ``Tentamos conversar, mas ele não respondia. Poucos minutos depois, virou para o lado e fechou os olhos. Como estava de boca aberta, um objeto nos chamou a atenção. Vimos uma prótese dentária solta e presa na garganta. Chamamos os enfermeiros, eles vieram correndo e o levaram para o CTI, mas a maca não passava pela porta.``.

A família afirmou que vai ingressar com uma ação contra a municipalidade: ``Iremos em busca da justiça.`` Recentemente, outro suposto erro médico no HMDLJ foi identificado pela equipe do Jornal POVO do Rio. Um médico da unidade teria errado os cálculos sobre a gestação da paciente, após dois exames de ultrassom, realizados num intervalo de um mês, apontarem o mesmo tempo de gestação.

Mesmo com dores, ela foi avaliada e liberada pois, segundo o médico, ainda não era o momento do parto acontecer. Não aguentando a dor Andressa voltou para o hospital à noite e pediu para que o médico fizesse novamente as contas, pois sabia que havia algo errado com o exame. ``O médico me disse que as ultras não serviam para nada, que ele era a autoridade ali e sabia fazer conta. Além de me tratar muito mal ele não teve a mínima consideração de olhar o exame e ver que estava errado. Tive que sair de madrugada com muita dor do Leal Junior, Itaboraí e ir para o Azevedo Lima, em Niterói.

Quando cheguei lá à médica disse que só não faria o parto naquele momento por falta de leito. Sabendo que minha filha poderia nascer a qualquer momento eu retornei para o Leal Junior e fiz o médico perceber o erro que ele cometeu``, disse Andressa Gomes.

Segundo a Prefeitura de Itaboraí, o Hospital Municipal Desembargador Leal Junior é responsável porrealizar mais de 700 atendimentos emergenciais por dia. Segundo informou a assessoria do município, a unidade executa 30 cirurgias num período de 24 horas. O Hospital completa 20 anos de atendimento à população este ano. Os dois casos citados na reportagem não foram comentados pelo município.

Fonte: O Povo