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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Superlotada, maior maternidade de Alagoas tem fila de espera por parto e pacientes internadas no chão

O fechamento da maternidade e da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal do Hospital Universitário, em Maceió, por conta de oito mortes causadas pela superbactéria Acinectobater, superlotou a maternidade Santa Mônica, a maior de Alagoas e a única aberta para atender gestantes e bebês de alto risco.

Os setores do HU foram fechados há 12 dias e instalaram um verdadeiro caos na Santa Mônica. No início da tarde desta segunda-feira (11), o UOL Notícias teve acesso às alas internas da maternidade e constatou um cenário de superlotação e espera de mães em trabalho de parto.

Sem espaço suficiente para atender à demanda, pacientes estão espalhados pelo chão, corredores e nos setores de triagem e de pré-parto. As enfermarias também estão com mais pacientes que a capacidade. Também há mulheres que acabaram de dar à luz instaladas em cadeiras da recepção, onde recebem soro.

Segundo a maternidade, 89 pacientes estão internadas ou esperando para dar à luz na tarde desta segunda. A capacidade de leitos das enfermarias é de 60.

A unidade informou que oito mulheres estão “internadas” no setor que deveria estar destinado para triagem de pacientes, enquanto outras 11 mães (cinco a mais que a capacidade) estão no setor de pré-parto à espera de um leito. Além desses setores, as enfermarias onde as mães estão internadas estão com dez pacientes a mais que a capacidade.

O setor de pediatria também está com a capacidade máxima, mas ainda não enfrenta problema de superlotação. Segundo a maternidade, os 21 leitos da UCI (Unidade de Cuidados Intermediários) e 14 dos 15 na UTI neonatal estão ocupados. Mas a situação pode se complicar ainda nesta segunda-feira, já que 11 mães devem dar à luz nas próximas horas.

A Santa Mônica informou ainda que já solicitou à Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) a transferência de mães para outras unidades de saúde em Alagoas.

Procurada pelo UOL Notícias, a assessoria de comunicação da Sesau informou que no Estado existe uma rede complementar de maternidades e que, se solicitado pela Santa Mônica, iria disponibilizar vagas para transferência das pacientes.

Superbactéria matou oito no HU
A maternidade e UTI Neonatal do HU foram fechadas no último dia 31, após a confirmação de que três bebês e cinco adultos morreram este ano por conta da superbactéria Acinectobater. Não há prazo para reabertura. Na Santa Mônica não foram registradas mortes.

A maternidade é uma das duas referências no atendimento a gestantes e bebês de alto risco no Estado. Nesta segunda-feira, uma portaria do Ministério Público Estadual, publicada no Diário Oficial do Estado, instaurou inquérito civil público para investigar as mortes ocorridas em 2011 no HU.

Fonte: Uol