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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Família diz que informações sobre saúde de bebê foram desprezadas

Criança de 2 meses morreu no domingo (17) após receber soro com remédios

A família da menina Júlia Eduarda Santa Lima diz que as informações sobre a saúde da criança foram desprezadas pelo médico que a atendeu na tarde de domingo (17), no Pronto-Socorro do Hospital José Nigro Neto, em Américo Brasiliense. Segundo os parentes, a criança morreu após o médico aplicar soro com um remédio para cortar o vômito.

A criança passou diversas vezes no PS e, ao novamente dar entrada às 15h30 de domingo, recebeu a aplicação de 500 mil do soro. Segundo os parentes, em menos de uma hora, a menina ficou roxa, inchada e morreu.

Júlia precisava de cuidados especiais, pois nasceu com o intestino para fora do corpo e passou por cirurgias. Em todas as consultas, a mãe da criança, Ronilda da Silva Lima, mostrava cartas com orientações médicas de como a menina estava e os procedimentos necessários.

Ronilda acredita em negligência, pois diz que o médico ignorou as cartas. “Ele não olhou e nem esperou eu falar. Nem quis olhar. Passou o medicamento para entregar para a enfermeira. Quando ela terminou de tomar o soro, começou a ficar inchadinha e vermelhinha”, disse.

Os parentes buscaram mais detalhes sobre a morte da menina no hospital e queriam o protocolo de atendimento. “Para a menina tomar o soro e a injeção ele precisou prescrever na folha que foi feita na recepção. Essa folha que a gente está pedindo eles não dão”, disse a tia da criança, Aline Cruz Santana.

O boletim de ocorrência foi registrado como morte suspeita. “Ela foi medicada com soro fisiológico, remédio para vômito e, em nenhum momento, ela teve sinais de reação alérgica”, explicou o diretor clínico do hospital Ezequiel Rios Ariza.

A Polícia Civil espera o resultado de exames do Instituto Médico Legal (IML) sobre a causa da morte de Júlia. Depois disso, será aberto um inquérito para que as pessoas envolvidas prestem depoimento.

Sobre a reclamação da família em relação à dificuldade de conseguir informações, o hospital informou que tomou os procedimentos padrões.

Fonte: EPTV