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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 3 de junho de 2014

PR: Casal consegue na justiça cirurgia em feto

Procedimento de R$ 130 mil será feito no início de junho em São Paulo.

O casal de Cascavel, no oeste do Paraná, que lançou uma campanha na internet para arrecadar dinheiro para uma cirurgia rara no filho que ainda não nasceu, conseguiu na justiça que o governo do estado pague o procedimento. Serão repassados pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) R$ 130 mil para que a operação do feto no útero da mãe seja feita a tempo, ainda na primeira semana de junho.

Lourenzo, como vai se chamar o primeiro filho de Dejiane da Silva, de 27 anos, e Leodinei Dondoni, de 28, foi diagnosticado com uma doença congênita chamada de mielomeningocele lombo sacra, caracterizada pela má formação da espinha dorsal e do canal espinhal e que pode levar à hidrocefalia - acúmulo de líquidos na cabeça - e à dificuldade de locomoção. O problema foi identificado durante uma consulta de pré-natal no dia 10.

O pagamento da cirurgia foi determinado pela justiça depois de uma ação movida pela Defensoria Pública da União. “Como a doença não consta da tabela de procedimentos autorizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) tivemos que garantir judicialmente. Caso contrário, o governo poderia ser responsabilizado. O importante é que conseguimos a liberação do recurso e vamos poder fazer a cirurgia a tempo de reduzir ao máximo as sequelas”, explicou Dejiane, que completou 25 semanas de gestação e já está em São Paulo, onde passou por uma consulta com o especialista na sexta-feira (18).

“Meu quadro clínico está bem tranquilo e com o bebê também está tudo bem. A cirurgia é bastante delicada e com a notícia de que conseguimos ficamos mais aliviados. Agora é rezar”, completou ao explicar que a campanha inicialmente lançada para a arrecadação de dinheiro para o procedimento será mantida. “O que levantarmos com a ajuda dos doadores, amigos e familiares vai ser usado para que eu possa ficar aqui por uns três meses, durante a preparação e a recuperação.”

Cirurgia a céu aberto

Segundo o ginecologista e obstetra Juliano Stiegemeier, que acompanha o pré-natal de Dejiane, a cirurgia a céu aberto, como é conhecida, precisa ser feita até a 26ª semana. “Este tipo de procedimento ainda é considerado experimental. E precisa ser feito o quanto antes para aumentar as chances do bebê, que pode ter hidrocefalia e consequentes problemas para caminhar”, comentou. Na operação de alta complexidade, os médicos deixam o útero da mulher exposto e operam o feto com as costas para fora.

Fonte: Fabiula Wurmeister - RPC