Instituição já projeta a construção da 3ª unidade do hospital. Com recursos própios, Santa Casa quer ampliar atendimento à medicina privada
A Irmandade da Santa Casa de São Paulo inaugura nesta sexta-feira (23) a segunda unidade do Hospital Santa Isabel. O projeto de R$ 30 milhões contou com recursos próprios da Santa Casa ao mobilizar a venda de alguns imóveis da instituição, de uso não hospitalares.
"Utilizamos o recurso arrecadado para equipar toda parte hospitalar da segunda unidade do Hospital Santa Isabel", ressalta o superintendente da Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, Antonio Carlos Forte.
Após dois anos de obra, a unidade foi concluída com 103 leitos de internação, 18 leitos de UTI, nove salas cirúrgicas e centro de diagnósticos por imagem, incluindo tomografia, raio x, mamografia, ultrassom, colonoscopia e endoscopia digestiva.
A expectativa é dobrar no primeiro ano de funcionamento o atendimento que o Santa Isabel I realiza mensalmente. "Hoje o hospital faz cerca de sete mil internações e outras sete mil cirurgias, além de 80 mil atendimentos ambulatoriais. O nosso Pronto Socorro é muito concorrido, temos uma particularidade como instituição de doentes poli-traumatizados e cirurgias complexas e, a partir de agora, a segunda unidade vai propiciar mais equipamentos para a realização desses atendimentos".
Para Forte, o início das atividades do Santa Isabel II está ligado ao crescimento da Santa Casa, que administra hoje 39 unidades de saúde entre hospitais, poli-clínicas e pronto socorro por meio de uma parceria com o governo do Estado de São Paulo.
Há cerca de quatro meses a Santa Casa assumiu uma unidade psiquiátrica no Franco da Rocha, e próximo àquela região está sendo construído um hospital de interesse administrativo da instituição. A meta é aumentar o número de Organizações Sociais de Saúde (OSS) administradas pela instituição ainda em 2010.
O crescimento não se restringe apenas as OSS, mas também ao atendimento à medicina suplementar. O planejamento estratégico da Santa Casa de São Paulo prevê essa ampliação sem prejudicar o Sistema Único de Saúde.
"O nosso objetivo primeiro é o atendimento carente, então estamos ampliando esse atendimento a esses pacientes através das OSS e ampliando também o atendimento a medicina suplementar, pois sabemos que no Brasil o atendimento ao SUS ainda é deficitário", destaca Forte ao citar que ampliar a atenção voltada à medicina privada propicia à Santa Casa ganhar recursos para subsidiar o déficit que o SUS causa.
Embora o plano ainda esteja em projeto, a instituição já adquiriu um terreno próximo aos prédios do Santa Isabel para que a construção seja iniciada após a realização de uma pesquisa de mercado com foco em identificar a característica que a terceira unidade vai ter.
Fonte: Saúde Business web
- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.
