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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Londrina: HU confirma a contaminação de mais quatro pacientes por bactéria resistente

Desde a última quarta, hospital não recebe novos pacientes em razão contaminação pela bactéria Klesiella. Atualmente, 26 pessoas estão colonizadas pelo micro-organismo e seguem internadas, outras cinco já receberam alta.

A direção do Hospital Universitário de Londrina (HU) confirmou, na manhã desta quarta-feira (30), que mais quatro pacientes estão contaminados com a bactéria resistente klebsiella. A unidade aguarda o resultado de mais nove pacientes. Atualmente, 26 pacientes com a bactéria estão internados, outros cinco já receberam alta.

Desde a última quarta-feira (28), o pronto-socorro deixou de receber novos pacientes. A direção também fechou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e o Centro de Tratamento de Queimados. O motivo foi a descoberta de 27 pacientes infectados pela KPC (klebsiella produtora de carbapenemase), em diversos setores da instituição. A direção restringiu ainda a visita aos internados.

Diretores do HU, representantes da Secretária de Saúde e das outras unidades hospitalares de Londrina se reuniram, nesta manhã, para discutir como será realizado o atendimento no fim de semana. De acordo com a superintendente do HU, Margarida Carvalho, a discussão foi produtiva e todos se propuseram a “trabalhar em conjunto”. “Contudo, o HU se prontificou a receber os casos de extrema urgência, como por exemplo um queimado grave, pois nós somos a referência”, explicou.

O secretário de Saúde, Edson de Souza, também avaliou como positiva a reunião e ressaltou que o principal objetivo agora é a reabertura do HU. De acordo com ele, os diretores da Santa Casa e do Hospital Evangélico entenderão a situação e se comprometeram a atender a demanda. “Na próxima segunda (2), vamos fazer uma nova reunião para avaliarmos novamente a situação. Enquanto isso, os demais hospitais vão atender as demandas necessárias”, disse.

A direção do HU ainda não tem uma data para que o atendimento seja normalizado. “Todo mundo está empenhado em solucionar o problema, que esperamos que ocorra o mais rápido possível”, afirmou a superintendente Margarida Carvalho.

Sobre a proposta de remanejar funcionários para outras unidades, como os Hospitais da Zona Norte e Zona Sul, a superintendente afirmou que esta medida não é possível em razão de toda a infraestrutura do HU. Outra justificativa apresentada por ela é o baixo número de profissionais da unidade. Segundo ela, o hospital paga 20 mil horas extras mensais.

Limpeza avançada

A diretora do HU informou que o processo de desinfecção das enfermarias, nas quais os pacientes estavam internados, está avançado. No entanto, Margarida explicou que este não é um processo 100% eficaz. “As bactérias são moradoras crônicas dos hospitais. Isso não é uma exclusividade do HU. No ano passado, a unidade conseguiu zerar os pacientes colonizados pela bactéria”, declarou.

Demanda estável

O secretário de Saúde, Edson de Souza, relatou que a demanda na manhã desta sexta foi estável. Para evitar um impacto maior nos atendimentos, Souza informou que comunicou novamente as cidades da região para que não encaminhem pacientes para Londrina. “Como somos referências, os outros municípios estão meio bravos com a gente, mas está é uma medida necessária”, declarou.

Na tarde de quinta, os serviços de emergência registraram um aumento na demanda, o que refletiu nos atendimentos dos hospitais. “Houve um princípio de sufoco, mas nenhum colapso”, disse o secretário.

Fonte: Gazeta do Povo