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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Gastos com saúde são a segunda maior despesa dos idosos sobreendividados

As famílias cujos membros têm mais de 60 anos gastam, em média, 75 euros mensais com medicamentos e consultas médicas

Os gastos com a saúde são a segunda maior despesa mensal das famílias sobreendividadas, cujos membros têm mais de 60 anos e que pedem ajuda à DECO. Em Abril, estes agregados familiares já representavam mais de 13% total de sobreendividados.

“Nas famílias com mais de 60 anos verificamos um grande desespero para conseguirem ter dinheiro para adquirirem os medicamentos”, contou à Lusa Natália Nunes do gabinete de apoio ao sobre-endividado da DECO.

A associação de apoio ao consumidor recebe desde 2012 cada vez mais pedidos de ajuda de pessoas com mais de 60 anos, muitas fiadoras dos filhos em dificuldades económicas e que são chamadas a pagar os créditos contraídos pelos familiares.

Ao gabinete de apoio ao sobreendividado chegam relatos de “muitas famílias” de idade avançada que contam não terem dinheiro para medicamentos essenciais à sua qualidade de vida, que ficam a dever na farmácia ou pedem ajuda ao farmacêutico para selecionar a medicação mais importante da lista que trazem, uma vez que não têm dinheiro para todos.

Os dados de Abril da DECO revelam que os maiores gastos das famílias são as despesas fixas, incluindo habitação, alimentação, eletricidade, água ou gás, independentemente da idade.

“Mas nas famílias com mais de 60 anos as despesas com saúde aparecem logo em segundo lugar, representando uma média de 75 euros de gastos mensais com medicamentos e médicos”, enquanto nos mais novos esta média de gastos é de 35 euros, afirmou Natália Nunes.

Na sexta-feira, numa declaração ao país, o primeiro-ministro anunciou um pacote de medidas para poupar 4,8 mil milhões de euros nas despesas do Estado até 2015, entre as quais a criação de uma contribuição sobre as pensões.

Natália Nunes acredita que mais uma redução no rendimento líquido dos reformados vai levar “com toda a certeza” mais famílias a entrar em dificuldades económicas e a pedir ajuda à DECO para renegociar as dívidas.

Uma contribuição sobre as pensões "vai traduzir-se num agravamento da situação das famílias, pois são os reformados que têm de ajudar os filhos desempregados a pagar as despesas e, desde 2012, verificamos que estas famílias têm cada vez menos rendimento líquido”, conclui Natália Nunes.

Fonte: www.publico.pt