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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Diretora de escola morre após fazer seis plásticas simultâneas

Uma diretora de escola morreu na última sexta-feira após fazer seis cirurgias plásticas simultâneas no Hospital Salt Lake, no Jardim Paulista, zona oeste da capital.

Janir Tuffani, 48, passou mal depois de ficar cinco horas na sala de cirurgia. Procurado pela Folha, o hospital não respondeu até a conclusão desta edição.

É a segunda morte após cirurgia plástica no Salt Lake em menos de três meses. Em fevereiro, a diarista Maria Gilessi Pereira Silva, 41, sofreu uma parada cardiorrespiratória duas horas depois de implantar silicone nos seios.

No último dia 30, Janir Tuffani passou por seis intervenções de uma só vez: implantou 325 ml de silicone nos seios, retirou bolsas de pele das pálpebras e aspirou gordura da barriga, braços, pernas e costas.

A cirurgia durou das 8h às 13h. Depois, ela foi transferida para um quarto e ficou em observação. "Ela estava aparentemente bem", conta a autônoma Cláudia Ferreira, 43, amiga da diretora.

À noite, após uma refeição, Janir passou mal e sentiu fortes dores na barriga. "Ela levantou porque não conseguia ficar parada de tanta dor que sentia", conta Cláudia.

A equipe médica do hospital constatou uma hemorragia e decidiu deixar a diretora em coma induzido, segundo a amiga.

No dia seguinte, Janir foi transferida para a UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital São Luiz, no Jardim Anália Franco, na zona leste.

Ela morreu na sexta-feira e seu corpo foi sepultado no dia seguinte, no sábado.

Janir recebeu 16 bolsas de sangue e duas de plaquetas enquanto estava no São Luiz.

Segundo a amiga, a diretora sentia-se descontente com seu corpo porque estava acima do peso. Pelas seis cirurgias plásticas, ela pagou R$ 20 mil em dez vezes.

Para Dênis Calazans, secretário-geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o paciente tem autonomia para decidir se submeter à cirurgia plástica.

O médico responsável, porém, pode vetar o procedimento se achar que o paciente não tem condições físicas para as intervenções.

"Todo procedimento plástico envolve certo grau de risco. Quando você faz mais de uma [cirurgia], o risco é potencializado", diz.

Fonte: Folha Online (LEANDRO MACHADO)