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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Bebê morre após gestante esperar 18h por parto em hospital de Goiás

Mulher diz que não havia leito e, quando foi atendida, filha estava sem vida.
Santa Casa de Anápolis admitiu o problema e diz que está 'sobrecarregada'.


A auxiliar de produção Darlene Larisse Ribeiro, 27 anos, que estava grávida de nove meses, denuncia que perdeu o bebê em um hospital de Anápolis, a 55 km de Goiânia, por negligência médica. Segundo ela, não havia leitos para realização do parto e, após esperar por 18 horas, sua filha morreu. “Na hora que eu cheguei lá era para ser feita uma cesárea, mas eu fiquei todas essas horas esperando no corredor até ela morrer”, lembra.

A jovem buscou atendimento na Santa Casa de Misericórdia de Anápolis no último dia 17. Ela afirma que sentia muitas dores, mas mesmo assim o parto não foi realizado de imediato. Quando ela foi submetida ao parto normal, o bebê já estava sem vida.

Procurado pela reportagem, o chefe da maternidade da Santa Casa, João Batista Gomes, admitiu que não havia leito disponível para atender a gestante e, por isso, houve demora. “Não tínhamos vaga na enfermaria e em nenhum outro local do hospital”, disse.

Gomes ressaltou que, por ser referência, o hospital faz mais de 300 partos por mês e está enfrentando dificuldades para prestar um atendimento com qualidade. “A Santa Casa está sobrecarregada e não tínhamos leito nem no pré-parto”, destacou.

O pai do bebê, o segurança Ismael Aires da Silva, 28 anos, disse ao G1 que a família vai recorrer à Justiça. “Ninguém do hospital nos explicou os motivos do que aconteceu até agora e estamos esperando o laudo do IML [Instituto Médico Legal] para saber as causas da morte. Depois, vamos procurar os nossos direitos para que Justiça seja feita. A morte da minha filha não pode passar impune”, disse.

Dor
Na casa da auxiliar de produção tudo já estava preparado para receber a menina. Inconformada, Darlene lamenta a perda da filha.“Foram nove meses de espera, sentindo ela mexendo dentro de mim, com aquele amor de mãe que sempre sonhei”, afirma.

Aos prantos, a avó da criança, a dona de casa Sirlene Ribeiro, diz que não entende os motivos que levaram a morte do bebê. “Não tem como, eu estava esperando minha neta. Minha filha está sofrendo muito e todos nós também”, disse.

Fonte: G1/Goiás