Minha foto
Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

SP: médicos são investigados por morte de bebê

O nome dos médicos está sendo mantido sob sigilo pela polícia e pelo hospital, que abriu um procedimento interno para investigar o caso

A Polícia Civil de Brotas, cidade localizada a 245 km de São Paulo, investiga se dois médicos tem responsabilidade na morte do recém nascido João Guilherme, ocorrida no final de novembro de 2011 no Hospital Santa Therezinha. A criança nasceu sem o ânus e a má formação não foi identificada imediatamente, o que teria ocasionado a morte. O caso só veio à tona esta semana.

Taína Daneli Ghiro, 24 anos, mãe do bebê que nasceu prematuro 20 dias antes do previsto, acusa os médicos e a enfermeira que fez o parto de negligência. Ela conta que sentiu dores e foi levada ao hospital pelo marido José Amaro Teixeira Filho, 33 anos, e que não havia plantonista na unidade de saúde, por isso, o parto teve que ser realizado pela enfermeira. ``Só depois que o bebê já tinha nascido que o plantonista chegou. Ele nos examinou e liberou nossa ida para o quarto, mais tarde, o pediatra também fez exames, não percebeu nada e autorizou a amamentação``, conta a mãe.

Taína explica que o bebê não conseguia ter sucção e foi recomendado que ele fosse alimentado por um tipo de leite em pó de quatro em quatro horas. ``Ele chorava muito, o pediatra foi chamado, mas não notou nada de errado, novamente, com meu filho``, afirma.

A má formação foi descoberta pelo pai da criança, que notou que ele não conseguia evacuar e, ao tirar a roupa do bebê, percebeu que o recém nascido tinha o ânus imperfurado, mas isso apenas três dias depois do nascimento. O bebê foi encaminhado para um hospital de Jaú, mas não resistiu e morreu horas depois. No atestado de óbito, consta a causa da morte uma infecção causada por bactéria, má formação e falta de circulação do sangue.

O delegado de Brotas Douglas Brandão do Amaral, responsável pelo caso, segue ouvindo os envolvidos no caso. Nesta quarta-feira, uma enfermeira prestou depoimento. Os médicos envolvidos no caso, ainda não foram ouvidos pelo delegado.

De acordo com a Polícia Civil os depoimentos das testemunhas e envolvidos além do laudo da morte do bebê será enviado para o Instituto Médico Legal (IML) para análise de uma junta médica que irá elaborar um parecer conclusivo informando se teve mesmo erro médico e de quem é a responsabilidade.

O nome dos médicos está sendo mantido sob sigilo pela polícia e pelo hospital, que abriu um procedimento interno para investigar o caso. De acordo com a direção do hospital, o casal não fez a denúncia formalmente na ouvidoria da unidade e que o prontuário do bebê solicitado foi entregue. Sobre o fato, a assessoria do hospital informou que irá aguardar a decisão da Justiça para se pronunciar sobre.

O casal registrou denúncia no Conselho Regional de Medicina (CRM) de Jaú contra os médicos que fizeram o atendimento. O órgão informou que a documentação foi encaminhada ao CRM estadual e a apuração segue sob sigilo.

Fonte: Portal Terra