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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 31 de março de 2011

Cremesp investiga caso de tesoura esquecida na barriga de paciente

Objeto foi descoberto dois anos após cirurgia, realizada em Araraquara.
Família da paciente anunciou que vai processar médico.


O Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) abriu nesta quinta-feira (31) uma sindicância para investigar o caso da uma dona de casa que viveu dois anos com uma pinça cirúrgica dentro da barriga. Caso aconteceu em Araraquara, a 273 km de São Paulo.

Os exames de raio-X mostraram claramente a pinça cirúrgica de cerca de 18 centímetros dentro do corpo da mulher. O objeto foi deixado em novembro de 2008, durante uma cirurgia para a retirada de um ovário.

O erro só foi descoberto depois de dois anos. “Ela retirou um ovário, fez tratamento de quimioterapia e tocou a vida, mas começou a sentir dores no abdômen no final do ano passado e foi com um exame que descobriram”, explicou o marido da vítima, Edson França.

Assim que o erro foi descoberto, o mesmo médico fez uma nova operação para retirar o objeto. Agora, a família está entrando com um processo na Justiça contra o médico. “Foi necessário retirar um pedaço do intestino e o outro ovário”, disse França.

O cirurgião foi procurado pela reportagem, mas ele não respondeu às ligações. A administração do Hospital Beneficência Portuguesa, onde foram feitas as duas cirurgias, diz que apenas oferece a infraestrutura, mas não tem responsabilidade pelo procedimento cirúrgico.

O diretor Fábio Santiago disse que o prontuário da paciente já foi disponibilizado para que o Conselho Regional de Medicina apure a conduta do médico. “O hospital limita-se a fornecer as instalações e procura fazer da melhor forma, mas não tem autoridade para questionar a metodologia do médico”, disse. A sindicância deve ser concluída em seis meses.

Fonte: G1