Minha foto
Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 12 de abril de 2011

MG: Oxigênio hospitalar - MP apura morte de menina

A menina chegou ao hospital com quadro grave de pneumonia e, em poucas horas, estava morta

O Ministério Público de Minas Gerais investiga as circunstâncias da morte de uma garota de 8 anos, que pode ter sido provocada por falha no aparelho de oxigênio do Hospital Municipal de Paracatu, no Noroeste de Minas. Um inquérito civil foi aberto para apurar as causas do óbitos, depois de representação feita pela mãe da menina. O Conselho Regional de Medicina (CRM) também acompanha o caso e abriu ontem sindicância para apurar a denúncia. Tainá Carvalho faleceu no início de março, vítima de parada cardiorrespiratória.

A menina chegou ao hospital com quadro grave de pneumonia e, em poucas horas, estava morta. O secretário municipal de Saúde, Eurípedes Tobias, reconhece problemas no sistema de oxigênio do hospital, mas descarta a relação das falhas com o óbito da garota. A posição é reforçada pelo diretor administrativo do hospital, Umarques da Silva Couto. Segundo ele, Tainá já havia sido atendida e medicada no pronto-socorro dois dias antes da morte, quando a doença foi diagnosticada. Com o agravamento do quadro, Tainá retornou ao hospital e, mesmo depois dos procedimentos médicos, sofreu a parada cardiorrespiratória.

“Ela morreu por causa de um quadro grave de pneumonia. Todos os procedimentos de socorro foram prestados. Estão colocando a culpa no sistema de gás, mas não foi isso”, sustenta Umarques. O diretor explica que, como o hospital passou por recente ampliação, a rede de gás não estava trabalhando com 100% de oxigênio. “Tinha realmente ar comprimido misturado, mas se a causa da morte de Tainá fosse essa, outros pacientes que também usavam essa rede teriam tido problemas. E, assim que descobrimos a falha, a empresa arrumou, em menos de 24 horas”, completa.

O 1º secretário do CRM, João Batista Gomes Soares, ressalta que o caso precisa de melhor apuração. “Muitos hospitais misturam ar comprimido (ar ambiente) ao oxigênio, para economizar. Mas cada paciente precisa de uma quantidade de oxigênio compatível e, caso não a tenha, pode ter problemas. Para dizer o que realmente aconteceu, precisamos de provas concretas. Nosso delegado do CRM em Paracatu aponta suspeitas de falhas na canalização do ar comprimido.” Soares afirma que o resultado da sindicância sai em um mês.

O laudo será encaminhado ao promotor de Justiça de Defesa da Saúde em Paracatu, Peterson Araújo, que também solicitou ao hospital informações sobre o sistema de oxigênio e os procedimentos adotados em relação à menina Tainá.

Fonte: Flávia Ayer - Estado de Minas