Bebê que nasceu anencéfalo morreu na tarde de quarta-feira (11) em Cuiabá.
Família ficou indignada com o fato da Justiça não ter permitido aborto.
O corpo do bebê que nasceu com anencefalia (sem cérebro) e morreu na tarde de quarta-feira (11) em um hospital particular de Cuiabá (MT) foi sepultado nesta quinta-feira (12) no Cemitério Recanto da Saudade, na cidade de Várzea Grande, região metropolitana da capital.
O enterro foi acompanhado por amigos e familiares, inclusive a mãe do bebê, Brenda Evelyn Soares de Souza, de 19 anos, que fez questão de acompanhar a cerimônia, nesta manhã de quinta-feira. Ela depois retornou ao hospital onde ainda continuará internada em observação, por ter tido complicações durante o parto. “Ela esta muito abalada. Estamos muito triste. É difícil de superar”, comentou o pai do bebê, o estudante Ernandes Kraieske Rodrigues, de 23 anos.
O Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou nesta quarta-feira (11) o julgamento da legalidade do aborto de bebês anencéfalos. A maioria dos ministros já se declarou a favor do aborto neste tipo de caso, excluindo o ato como crime.
Morte do anencéfalo
O bebê que nasceu anencéfalo morreu um minuto após o parto, na tarde desta quarta-feira (11), em um hospital particular, mesmo após a família buscar na Justiça, por duas vezes, a liberação da interrupção da gravidez. O pai disse ainda que a Justiça foi “injusta” e que agora aguarda a recuperação da esposa. O casal tem uma filha de três anos de idade e, segundo Ernandes, o sonho de ter mais um filho não acabou.
A avó da criança, Dalete Soares de Souza, contou que após o diagnóstico de anencefalia obtido ainda durante a gravidez da filha, a decisão da família foi pela interrupção da gestação por conta dos riscos. Ela contou ainda que o parto foi prematuro e o bebê tinha quase 8 meses de gestação.
Fonte: Globo.com
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.