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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Philip Morris patrocinará programa antifumo nos EUA

Por João Ozorio de Melo

Sem oferecer qualquer explicação, os ministros da Suprema Corte dos Estados Unidos reverteram esta semana uma decisão monocrática de seu colega, o ministro Antonin Scalia. Ele suspendeu o pagamento de US$ 270 milhões pela Philip Morris e outras três grandes fabricantes de cigarro a um programa para ajudar pessoas a deixarem de fumar em Louisiana, de acordo com notícia da Associated Press.

A decisão do tribunal estadual resultou de uma ação coletiva, movida por fumantes do estado, em 1996. A ação ganhou um veredicto favorável de um júri feito há 7 anos. Nesta quinta-feira (30/6), por maioria, a Suprema Corte dos Estados Unidos reformou a decisão de Scalia e manteve a condenação.

Scalia é frequentemente definido como um conservador que vota a favor das corporações, segundo o jornal San Francisco Chronicle. Só nos últimos dez dias, ele apareceu nos jornais por seus votos decisivos a favor do Walmart numa ação coletiva por discriminação sexual, a favor das fabricantes de videogames violentos em ação que moveram contra o estado da Califórnia, e, agora, a favor das fabricantes de cigarro.

Os ministros têm autoridade para atuar isoladamente, para emitir uma ordem que suspende outra decisão judicial, normalmente em casos de recursos a tribunais superiores. Mas, isso raramente acontece. A última vez que aconteceu foi em 2006, quando um ministro Anthony Kennedy bloqueou uma ordem de um tribunal para a remoção de uma cruz gigante de um parque em San Diego (Califórnia), enquanto o caso ainda estava sendo discutido em um tribunal superior. Segundo a Associated Press, a cruz ainda segue seu trâmite pelos tribunais.

Os demais ministros não ofereceram explicações sobre suas decisões e o ministro Scalia, através de sua porta-voz, disse que não tinha nada a declarar.

Seguro-saúde vs cigarro
A Humana, uma empresa de seguro-saúde dos Estados Unidos, abriu mais uma frente na guerra mundial contra o cigarro — e, consequentemente, contra a indústria do tabaco. Esta toma uma via econômica, em vez de judicial, no entanto.

A empresa anunciou nesta quinta-feira (30/6) que, a partir desta sexta-feira, não vai mais contratar fumantes no Arizona. E não bastará ao candidato a emprego declarar que não fuma. Terá de se submeter a um exame de urina, para detectar a presença ou ausência de nicotina no organismo, informa o site Azcentral.com.

Representantes da Humana disseram que faz sentido para uma empresa que atua na área da saúde ensinar através do exemplo. Mas, se o exemplo for seguido, haverá também uma recompensa econômica para as empresas de seguro-saúde: menos gente com problemas de saúde, por causa do cigarro, significa menos custos para elas.

Fonte: Conjur