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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 5 de julho de 2011

Bebê perde parte do dedo durante tratamento contra pneumonia em SP

Medicamento direto na veia pode ter provocado problema no pé direito.
Secretaria diz que tratamento foi correto e nega erro em atendimento.


Um bebê de 2 meses foi internado no Hospital Municipal da Criança, em Guarulhos, na Grande São Paulo, no mês passado, para tratar de uma pneumonia. Por causa de um problema durante a aplicação de medicamento, a criança precisou ter parte de um dedo do pé amputado. A Secretaria de Saúde de Guarulhos disse que o tratamento foi correto e nega qualquer erro médico ou de equipamento

Durante o tratamento, a criança foi transferida para a UTI neonatal em São Paulo porque a do hospital de Guarulhos está interditada. Da pneumonia, o bebê foi curado. Só que, para tratar a doença, ele teve que receber medicamento direto na veia. E isso causou um problema no pé direito, que teve uma bolha provocada pela medicação. O problema se agravou e os médicos amputaram parte do dedão do bebê.

A mãe da criança, Joice Naraissa da Conceição, passa dia e noite à espera do fim de um pesadelo. “Quero ele de volta”, diz. Walas Kevin da Conceição dos Santos, de apenas dois meses, foi levado ao Hospital Municipal da Criança de Guarulhos com pneumonia e bronquiolite no dia 11 de junho.

O quadro clínico da criança piorou, e, como a UTI neonatal da cidade está interditada, o menino foi transferido três dias depois para um hospital em Francisco Morato. Joice contou que, no dia da transferência, viu que o dedão do pé do filho estava com um curativo e que a médica disse que o ferimento tinha sido causado pela aplicação de soro em uma veia do pé. A criança foi curada da pneumonia, e voltou ao hospital de Guarulhos para cuidar do ferimento.

Há cinco dias, parte do dedão do pé direito do menino foi amputado. A família, inconformada, agora aguarda a alta da criança para registrar um boletim de ocorrência contra o hospital. "Eu quero a punição de quem fez isso", afirma a mãe.

Em nota, a Secretaria de Saúde de Guarulhos havia informado que as veias do pé não suportaram a medicação e surgiu uma bolha de soro com medicamento no dedão. No início da tarde desta terça-feira (5), mandaram uma nova nota dizendo que a hipótese mais provável é de que a infecção pulmonar se deslocou para o vaso sanguíneo e que isso, provavelmente, tenha sido a causa do problema vascular no dedão da criança. A nota diz ainda que, segundo especialistas, esse problema costuma acontecer em casos de infecções graves. A Secretaria de Saúde disse que o tratamento foi correto e que não houve erro médico.

Fonte: Globo.com