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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Homem morre 20 minutos após ter alta do Hospital Rocha Faria

Quando foi internado no Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, no último dia 22, com tuberculose e complicações da Aids, João Paulo de Paiva Silvério estava debilitado, mas consciente. Sete dias depois, ao ser levado para casa numa ambulância, contra a vontade da família, o homem de 34 anos já não falava, nem expressava qualquer reação. Foram cerca de 20 minutos entre sua chegada e sua morte, sem chance de socorro.

— A gente não queria que ele saísse do hospital porque ele estava muito mal. A assistente social disse que se não o buscássemos, seríamos processados por abandono. Quando a ambulância chegou, foi uma surpresa. João Paulo parecia muito mal, inconsciente. O enfermeiro disse apenas ‘não é problema meu’ — contou, revoltada, a cunhada de João Paulo, Ana Paula Silva Félix, de 29 anos.

A família reclama também do mau atendimento recebido no Rocha Faria. Edison Bruno Silvério conta que tinha que dar banhos e colocar fraldas no irmão sem a ajuda de enfermeiros, que também não alimentavam o paciente.

Indignado, Edison procurou a 36ª DP (Santa Cruz) e registrou ocorrência. A família pretende também acionar o Ministério Público.

— Queremos evitar que isso aconteça com outros pacientes. Como é possível dar alta a uma pessoa que está morrendo? Negar atendimento, uma chance de sobrevivência? — desabafou Ana Paula.

Em nota, o diretor do Hospital Rocha Faria, José Macedo, afirmou que João Paulo teve alta no dia 26 de abril "porque tinha o quadro estável e sem qualquer intercorrência que justificasse a necessidade de permanecer internado". Ainda segundo Macedo, "o paciente deixou a unidade lúcido, orientado, respirando normalmente e estável".

Fonte: G1