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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sexta-feira, 7 de dezembro de 2012

Quem nos salva dos médicos?

*Por Gilberto Dimenstein

Aconteceu o que já prevíamos: a reprovação da maioria dos estudantes de medicina que fizeram a prova para medir seus conhecimentos, realizada pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo. A pergunta mais importante ao cidadão: quem nos salva dos médicos?

Apesar de reprovados, os formados têm o pleno direito de exercer a profissão. Não somos informados quais os reprovados. Nem quais as piores faculdades -era o mínimo de transparência necessária.

O que sabemos é que, em breve, eles estarão num pronto-socorro atendendo casos de emergência.

A culpa é dos estudantes que não aprenderam? Eles também são vítimas. Vítimas que geram vítimas.

A culpa, em essência, é dos governos que liberaram a abertura de escolas de medicina e não desenvolveu melhores mecanismos para cobrar qualidade.

Sou solidário, até certa ponto, com estudantes que fizeram o boicote ao exame, argumentando que as escolas deveriam ser avaliadas com profundidade.

Mas sou mais solidário com o cidadão comum que tem o direito de saber dos riscos à sua saúde.

Fonte: Folha.uol.com.br