No entanto, é preciso que o `checklist` seja feito de forma completa, aponta estudo
Uma espécie de ``checklist``, similar ao que os pilotos fazem antes da decolagem, pode diminuir a mortalidade de pacientes em cirurgias, mostra um estudo holandês. Mas os resultados dependem de que a equipe, de fato, complete a checagem.
Cerca de 100 mil hospitais no mundo todo usam um checklist de segurança desenvolvido pela Organização Mundial da Saúde. A lista tem 19 itens que os cirurgiões devem checar antes do procedimento, incluindo se certificar que eles estão operando o paciente certo e o lado certo do corpo.
Um estudo feito em 2009 em oito hospitais de vários países mostrou que no ano seguinte à adoção da checagem a taxa média de mortalidade entre os pacientes caiu de 1,5% para 0,8%.
Agora, pesquisadores da University Medical Center Utrecht, na Holanda, descobriram uma queda menor em um hospital holandês - onde a taxa de mortalidade caiu de 3,1% para 2,8% em um ano e meio.
``A checagem está longe da perfeição nessa instituição``, dizem os autores. ``A mortalidade foi fortemente associada à checagem, sugerindo que é preciso reduzir as variações no nível de implementação em diferentes grupos de pacientes``, continuam.
Isso ocorre porque pacientes mais críticos, precisando cirurgias de emergência, tiveram mais risco de não passar pela checagem completa.
Outro motivo sugerido pelos autores é o fato de o centro onde foi feita a pesquisa receber mais pacientes críticos do que outros hospitais da comunidade.
Estima-se que erros médicos ocorram em uma em cada 75 mil cirurgias nos Estados Unidos todos os anos. No entanto, os autores ressalvam que os ``checklists`` sozinhos não bastam para reduzir a mortalidade. Alguns dos maiores problemas não são relacionados diretamente ao ato cirúrgico em si, mas envolvem infecções, erros em medicação e lesões, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Fonte: O Estado de S.Paulo
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.