Empresa americana injetará tecido gerado a partir de células-tronco em 12 pacientes com um tipo de cegueira
Autoridades sanitárias da Grã-Bretanha deram o sinal verde para que uma empresa dos Estados Unidos conduza os primeiros testes com células-tronco embrionárias humanas (CTEH) na Europa, para tratar uma forma progressiva de cegueira.
O estudo da empresa Advanced Cell Technology (ACT), sediada no Estado americano de Massachusetts, aplicará células do epitélio pigmentado da retina derivadas de CTEH em 12 pacientes na Grã-Bretanha, afetadas por uma doença chamada distrofia macular de Stargardt. ``É mais um marco importante para a ACT e para o campo da medicina regenerativa``, afirmou o presidente da empresa, Gary Rabin.
Células-tronco são a fonte de todas as outras células. Os defensores das células-tronco embrionárias afirmam que elas têm o potencial de revolucionar a medicina, possibilitando tratamento para cegueira, diabete e lesões graves. Mas críticos da técnica afirmam que para se obter essas células, um embrião humano tem de ser destruído, o que cria um dilema moral.
A distrofia macular de Stargardt afeta cerca de 80 mil a 100 mil pessoas nos EUA e na Europa. A doença, que em geral surge em pessoas com idade entre 10 e 20 anos, causa perda progressiva da visão, degenerando um tecido do olho chamado epitélio pigmentado da retina. Não há tratamento.
Mas a ACT defende que a infusão de células desse tecido produzidas a partir de CTEH seria um tratamento efetivo. ``Estamos ansiosos para iniciar as experiências na Europa e para analisar os dados que continuamos a coletar em nossos testes cotidianos, para determinar a função das células transplantadas``, disse Robert Lanza, o cientista-chefe da ACT.
Os primeiros estágios dos testes clínicos - conhecidos como fases 1 e 2 - medirão a segurança dessas células e se o corpo pode tolerá-las. ``Demonstrar a segurança e a tolerabilidade dessa terapia celular abriria uma nova era na medicina regenerativa``, disse Dusko Ilic, professor do King`s College London. / REUTERS
Fonte: O Estado de S.Paulo
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- MARCOS COLTRI
- Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.