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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Bebê morre ao receber leite materno na veia por engano

Alimento deveria ter sido dado ao recém-nascido por uma sonda no nariz

Um bebê com 13 dias de vida morreu na manhã de anteontem no Hospital Municipal e Maternidade Professor Mario Degni, no Rio Pequeno (zona oeste de SP), vítima de erro médico, segundo informações da polícia.

O bebê deveria receber leite materno por uma sonda no nariz, mas 10 ml do alimento foram aplicados na veia do recém-nascido. Kauê Abreu dos Santos nasceu no último dia 25 e estava internado na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) da unidade. Jovenita de Abreu, 32, mãe da criança, ia todos os dias ao hospital para retirar o leite. O bebê recebia o soro por uma veia do pescoço e o leite pela sonda.

Ela diz que, no dia da morte, duas médicas e um médico disseram que ele havia morrido devido a uma hemorragia. Ela foi informada de que Kauê começou a ter complicações respiratórias e cardíacas por volta das 2h30 e morreu cinco horas depois. Quando os documentos sobre a morte ficaram prontos, ela e o marido, o encarregado de produção Admilton dos Santos, 31, foram chamados de novo.

``Um médico disse que queria dormir com a consciência tranquila e falou o que aconteceu``, disse a mãe.
Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde admitiu o erro e disse que uma auxiliar de enfermagem foi demitida (leia texto abaixo). Roberto Moraes, delegado do 51º DP (Butantã), diz que o hospital ainda não passou os nomes dos integrantes da equipe que trabalhava no momento do erro.

Segundo ele, dois médicos, uma enfermeira-chefe e cinco auxiliares estavam atuando. O caso foi registrado como homicídio culposo (sem intenção de matar).

Segundo Maria de Jesus Harada, professora de enfermagem da Unifesp (Universidade Federal do Estado de São Paulo), houve erro médico. ``O procedimento de aplicar leite na veia não existe.``


OUTRO LADO
Prefeitura diz que auxiliar foi demitida

DO ``AGORA``

Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde afirma que uma auxiliar de enfermagem envolvida no erro que resultou na morte do bebê foi demitida. O nome da funcionária não foi divulgado. A pasta também diz que ``considera inaceitável esse tipo de ocorrência`` e que a direção do hospital está à disposição da família para outros esclarecimentos.

Ainda de acordo com a pasta, que lamentou a morte do bebê, foi instaurado um processo administrativo na unidade de saúde para ``apurar todos os procedimentos adotados`` pelos funcionários.

Fonte: Folha de S.Paulo / Agora