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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Dono de clínica em SP onde mulher diz ter sido esquecida admite falha

Ele disse, no entanto, que o caso 'não era para tudo isso'.
Delegacia de São Roque abriu inquérito de lesão corporal culposa.


O proprietário da clínica de estética Paschoal Belmonte, em São Roque, a 68 km de São Paulo, admitiu nesta quinta-feira (16) que houve uma falha no caso da cliente que foi deixada trancada no local, mas afirmou que a mulher exagerou ao procurar a polícia e registrar um boletim de ocorrência por conta do incidente. A mulher, de 41 anos, disse ter sido esquecida dentro de uma máquina de drenagem linfática.

A sessão, segundo ela, começou às 18h. Quarenta minutos depois, ela sentiu que o equipamento estava esquentando e, ao sair, percebeu que não havia mais ninguém na clínica. Ela, então, pulou a janela da sala que dá acesso a um corredor lateral que leva ao hall de entrada da clínica. Da recepção, ela ligou para a polícia. O caso ocorreu na noite de quinta-feira passada (9) e será investigado pela Delegacia da Mulher de São Roque.

De acordo com a delegada Fernanda dos Santos Ueda, foi aberto um inquérito de lesão corporal culposa - quando não há a intenção. A mulher machucoua perna ao pular da janela dentro da clínica. Segundo a delegada, a vítima, no entanto, não se submeteu a um exame de corpo de delito. Além disso, a mulher não sofreu qualquer lesão decorrente do equipamento.

Ao G1 o proprietário do Centro Médico Paschoal Belmonte, que fica no Centro da cidade, apresentou uma versão diferente da que foi relatada pela cliente à polícia. Ele pediu para não ser identificado. Segundo ele, a máquina utilizada no tratamento da cliente é de infravermelho para emagrecimento, e não de drenagem linfática. Um funcionário programa o tempo da sessão e a temperatura. O desligamento é automático, disse. “Funciona como uma minissauna”, afirmou.

Segundo o dono da clínica, a mulher costuma dormir assim que a sessão é iniciada. Naquela ocasião, a fisioterapeuta não percebeu que a cliente continuou a dormir depois que a máquina se desligou automaticamente e apagou a luz e trancou a sala. Em seguida, todos foram embora.

O alarme da clínica disparou assim que a mulher começou a andar pelos corredores, às 18h54, segundo o proprietário. Em seguida, um segurança foi até a porta e viu a mulher lá dentro. Ele tentou acalmá-la, dizendo que o dono já tinha sido avisado para abrir a porta. Por último, o proprietário declarou que desligou o alarme às 19h13 – e não às 20h, como consta do boletim de ocorrência.

“Ela ficou cerca de 20 minutos dentro da clínica entre o disparo do alarme e ao deixar o local. Houve um erro da nossa parte, mas não precisava disso tudo”, afirmou, sobre o fato de a cliente ter optado por registrar um boletim de ocorrência. Ele disse também que o equipamento não causa qualquer lesão aos clientes.

Fonte: Globo.com