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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador ajunto do Mestrado em Direito Médico e Odontológico da São Leopoldo Mandic. Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Médicos falam em "catástrofe". Problemas informáticos afetam consultas no SNS

PORTUGAL

Os médicos queixam-se do que se está a passar nos centros de saúde e hospitais. Falhas pioraram nos últimos dias: sistema informático bloqueia, encrava, vai abaixo, o que leva a atrasos e a adiamentos nas consultas.

O problema não é de agora, mas agravou-se nos últimos dias. Carlos Cortes, presidente da secção centro da Ordem dos Médicos diz que foram ultrapassados "os limites da decência".

"Aquilo que está a acontecer neste momento com os sistemas informáticos que são colocados pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde no SNS é uma absoluta catástrofe. Todos os programas estão a funcionar mal", garante Carlos Cortes.

São problemas relacionados com a prescrição de medicamentos e de exames de diagnóstico. João Rodrigues, presidente da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar queixa-se do mesmo: "Esta aplicação foi lançada isoladamente sem estar finalizada e testada e esta semana tem sido muito complicado, porque a maior parte das vezes está a falhar a aplicação, o que faz com que, não havendo papel, o médico fique numa situação complexa. Não pode passar os exames ao doente, não pode continuar as consultas, o que cria uma irritabilidade, um cansaço e até uma desconfiança perante o sistema".

Os bloqueios informáticos, adianta o médico, têm levado a atrasos ou até adiamentos nas consultas. "Esta semana, na grande maioria dos Centro de Saúde, muitos utentes vão ter que lá voltar, porque o exame não foi prescrito".

No mínimo, um médico, acrescenta Carlos Cortes, demora três minutos à espera que o sistema informático responda ao pedido de um exame. A situação acontece sobretudo nos centros de saúde, mas também nos hospitais.

Os médicos mostram cansaço. "Neste momento já ultrapassámos todos os limites da razoabilidade. Estes programas informáticos estão a prejudicar os cuidados de saúde", alerta o presidente da secção centro da Ordem dos Médicos.

A Federação Nacional de Médicos já veio pedir responsabilidades aos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a equipa que gere o sistema informático da saúde.

A TSF pediu um esclarecimento aos SPMS, mas até agora ainda não obteve resposta.

Fonte: https://www.tsf.pt/sociedade/saude/interior/medicos-falam-em-catastrofe-problemas-informaticos-afetam-consultas-no-sns-10146702.html?fbclid=IwAR1PX0vlHe6PFWi5zgkYPdDHsrQQQ4ySPhz-CKLUuxZEEZSMCyiRE8IxzIw