A lei, que não se aplica a mulheres vítimas de estupro ou incesto, gerou um árduo debate na Câmara
A Câmara de Representantes dos Estados Unidos aprovou nesta terça-feira um projeto de lei que proíbe o aborto após 20 semanas de gestação, em uma das mais severas normas sobre a matéria durante a última década.
A Lei de Proteção aos Não Nascidos Capazes de Sofrer Dor foi aprovada por 228 votos contra 196, mas a Casa Branca já anunciou que vetará a medida, qualificada de ``um ataque contra o direito de escolha da mulher``.
O líder da Câmara de Representantes, John Boehner, disse que o projeto de lei é uma ``forte declaração de que todas as vidas são valiosas``.
``Temos a obrigação moral de defender os indefesos, e continuaremos lutando para garantir que as leis de nossa nação respeitem a santidade da vida humana por nascer``.
A lei, que não se aplica a mulheres vítimas de estupro ou incesto, gerou um árduo debate na Câmara.
O republicano promotor do projeto, Trent Frank, causou indignação na semana passada ao dizer em uma audiência que um número ``muito baixo`` de estupros terminam em gravidez.
Os democratas atacaram Frank e os republicanos defensores da lei, que contou com seis votos do partido do presidente Barack Obama.
A maioria dos Estados americanos permite o aborto a até cerca de 24 semanas após o início da gravidez.
Dez estados aprovaram leis similares à votada nesta terça-feira na Câmara, e vários enfrentam ações na Justiça por este motivo.
Fonte: UOL / AFP