O valor que a Johns Hopkins vai desembolsar para pagar as indenizações deverá ser distribuído entre mais de 8.000 pacientes
A Universidade Johns Hopkins, de Baltimore (EUA), deverá pagar US$ 190 milhões a vítimas que entraram com um processo judicial contra um médico que gravava secretamente vídeos dos genitais de suas pacientes.
O ginecologista Nikita Levy, que trabalhou no hospital da universidade por 25 anos, suicidou-se aos 53, em fevereiro do ano passado, dez dias após ter admitido culpa e ter sido demitido.
Antes de morrer, ele chegou a entregar à polícia microcâmeras e aparatos de filmagem que usava. Uma busca na casa do médico encontrou mais de 1.200 vídeos e centenas de fotografias que ele havia produzido ao longo de mais de duas décadas.
O valor que a Johns Hopkins vai desembolsar para pagar as indenizações deverá ser distribuído entre mais de 8.000 pacientes que podem ter tido seus genitais filmados. Não é possível identificar quem exatamente foram as vítimas porque as imagens não mostram rostos.
As mulheres a serem indenizadas são aquelas que procuraram escritórios de advocacia depois de saberem da notícia da demissão de Levy. Ao todo, o médico chegou a atender 12.600 pacientes.
Segundo Jonathan Schochor, advogado encarregado da maioria dos casos, algumas mulheres relatam ter sofrido assédio sexual por parte do ginecologista, que as chamava regularmente ao consultório para exames pélvicos desnecessários.
Fonte: Folha de S.Paulo, com agências de notícias