Segundo a coluna, ``alguns até podem ser médicos. A maioria, ninguém sabe``.
A coluna semanal do Sindicato dos Médicos de Alagoas, publicada nos jornais do Estado neste domingo (15), questiona se os profissionais cubanos que começam a atuar no próximo dia 22 no Brasil são realmente formados em medicina. O artigo, que ainda chama os cubanos de ``mercenários`` e ``escravos``.
Segundo a coluna, ``alguns até podem ser médicos. A maioria, ninguém sabe``.
``Que venham os cubanos, mercenários que aceitam ser escravizados, trabalhando apenas por casa e comida, para ajudar a manter a ditadura em Cuba. Muitos vêm com vontade de ficar, de engravidar uma brasileira e enterrar Cuba no passado``, afirma o texto.
Segundo o presidente do Sindicato dos Médicos de Alagoas, Wellington Galvão, o questionamento nos jornais foi feito pela suposta não apresentação de documentos dos profissionais que chegaram ao país.
O sindicalista diz que o mesmo questionamento é feito por entidades médicas da Venezuela e Bolívia –que também contam com atuação de cubanos.
``Eu tive uma reunião com entidades de Bolívia e Venezuela, e foi levantada essa falta de certeza se alguns são médicos``, disse ao UOL, neste domingo.
Outro questionamento do sindicalista, que já foi vice-presidente da Fenam (Federação Nacional dos Médicos), é o desconhecimento apresentado pelos profissionais cubanos, durante visita a unidades de saúde brasileiras.
``Eles foram ao posto, conversaram com a médica, em Vitória de Santo Antão [em PE, onde muitos foram treinados], e não conheciam nenhum medicamento. Ou seja, que médico é esse que vem que não conhece remédio? Como é que Cuba, uma ilha tão pequena, está produzindo tanto médico? São 7.000 na Bolívia, 25.000 na Venezuela, 4.000 no Brasil. Como pode forma em larga escala para exportar a ainda atender ao seu povo?``, questionou.
Para Galvão, porém, é difícil conseguir questionar judicialmente a formação superior dos profissionais que chegaram ao país. ``É difícil, pois eles não vêm com documento. Dão só nome. E quem prova que são médicos? Para gente, pela lei brasileira, só é que faz o Revalida``, disse.
Sobre a classificação de que os cubanos ``mercenários``, feita na coluna deste domingo, o sindicalista disse que quis se referir ao regime de trabalho a que se submetem os cubanos.
``São mercenários porque aceitam ser escravos para financiar a ditadura. Eles vão trabalhar sem receber nada. Ao todo, são R$ 12.000 gastos pelo nosso governo, já que ainda além da bolsa de R$ 10.000, tem uma ajuda de custo de R$ 2.000 para as prefeituras``, afirmou.
Ao fim do artigo, o sindicato ainda deseja ``boa sorte`` aos médicos estrangeiros --que chegaram neste fim de semana aos Estados onde vão trabalhar-– e à população, ``pois vão precisar de muita``.
Fonte: UOL