Depoimento mais recente é do filho de um paciente que morreu na UTI.
A chefe da UTI está presa, com mais três médicos e uma enfermeira.
Com o fim do sigilo nas investigações, os detalhes do processo que levou à prisão a médica Virgínia Soares começam a aparecer. A polícia já ouviu noventa pessoas.
Wilson Irala foi chamado hoje na delegacia. A morte do pai dele, em janeiro deste ano, depois de passar dois dias na UTI do Hospital Evangélico é uma das que estão sendo investigadas pela polícia. “Justamente pela situação que ele se encontrava, respirando por aparelhos, pelo SUS e tudo mais. Aí quando estoura uma bomba dessa, você tem que ir atrás”.
A quebra de sigilo foi um pedido da delegada Paula Brisola que comanda as investigações. Mas, por enquanto, ela não vai falar sobre o caso. Segundo a assessoria da Polícia Civil, a delegada deve avisar oficialmente as famílias de pacientes que morreram na UTI geral do Hospital Evangélico e só depois é que a delegada vai conversar com os jornalistas. O advogado de defesa informou que também só vai falar depois que ler todo o inquérito.
Ontem à tarde, a polícia prendeu a enfermeira Lais da Rosa Groff, que trabalhava na UTI geral. “Ela não tem participação alguma, sobre qualquer situação que está sendo alegada. Não existe prova nenhuma sobre a minha cliente também”, afirma Jeferson Reis, advogado da enfermeira.
A direção do hospital criticou as investigações e pediu o afastamento da delegada. “Houve uma atividade policialesca, midiática, em razão de uma insinuação de uma médica que compõe o quadro clínico do hospital", diz Hélio Coelho Júnior, advogado do hospital.
Em Brasília, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, falou sobre o caso. “Esse é um caso de polícia. Nós acreditamos na apuração que a Polícia Civil e o Ministério Público estão realizando e tem que ser punido veementemente qualquer responsável sobre essa situação".
Fonte: G1