A contratação de prostitutas para oferecer o que foi chamado de ``tratamento holístico`` em uma casa de repouso de Essex causou polêmica
O uso dos serviços de profissionais do sexo tem sido adotado há vários anos pela casa de repouso de Chaseley, em um distrito de Essex. A maior parte dos residentes é formada por ex-funcionários públicos deficientes.
A polêmica veio à tona após declarações de um porta-voz do Conselho de Eastbourne (equivalente à uma espécie de câmara distrital), que descreveu a prática como inapropriada em entrevista ao jornal ``The Times``.
O porta-voz, que não foi identificado, disse que a contratação de prostitutas para prestar serviços de ordem sexual coloca ``os residentes sob risco de exploração e abuso``.
Procurado pela BBC Brasil, o conselho disse que está investigando o caso e que não fará mais declarações sobre o assunto até a conclusão da análise.
A casa de repouso também não quis comentar o caso.
Abraço
Em entrevista à BBC Brasil, a porta-voz da ONG Outsiders, que defende a contratação de profissionais do sexo para prestar serviços a deficientes, disse que a casa de repouso procurou a organização em 2006, interessada na época em adotar a prática.
Tuppy Owens afirma que a ex-diretora da casa de repouso, Elena Barrow, mostrou-se satisfeita com a experiência e relatou resultados positivos, meses após a adoção da prática. Borrow está afastada da instituição por motivos de saúde.
Owens defende a iniciativa da casa de repouso, diz que a medida não é ilegal e critica o que chama de ``discussão sem sentido`` em torno do caso.
``Não há necessariamente um ato sexual. Muitas vezes, há apenas um abraço para quem precisa de compaixão``, afima Owens. ``O objetivo é mostrar que essas pessoas tem um corpo que pode ser sexual. E esse trabalho aumenta a confiança dessas pessoas, além de oferecer algum tipo de alívio sexual.``
Fonte: BBC Brasil