Grávida de sete meses obrigada a abortar
A história de Feng Jianmei ganha dimensão com a publicação na Internet de uma imagem chocante. A jovem chinesa acusa as autoridades de a obrigarem a abortar por não ter tido dinheiro para a pagar a multa por estar grávida de um segundo filho. A fotografia que chegou à Net, e que levantou uma onda de polémica na China, dificilmente podia ser mais ultrajante.
Feng Jianmei surge deitada na cama de hospital com o bebé morto ao seu lado. A divulgação da imagem foi feita pelo grupo de defesa dos direitos humanos, sediado nos Estados Unidos, All Girls Allowed.
A organização assim como a jovem, que contou a sua história aos media locais, explicam que Feng Jianmei se recusou a abortar o segundo filho e que por isso deveria pagar uma multa que ascendia a cinco mil euros.
A família da jovem vivia já um outro drama. A sogra da jovem luta contra o cancro e a ausência de verbas para o pagamento deveu-se ao custo dos tratamentos. As autoridades chinesas aceitaram a justificação e acabaram por deter a jovem levando-a para o hospital, debaixo de agressões, uma vez que esta se terá recusado a ir.
Uma vez internada, Feng Jianmei alega que foi injetada com um químico que matou o feto e a levou ao parto, 36 horas depois. As autoridades chinesas negam esta versão.
Para o responsável que explicou o caso, a jovem foi internada e «educada» tendo consentido o aborto. Li Yuongjou, chefe do departamento de familia, lembrou que o aborto é legal até às 28 semanas, mas admitiu a existência de alguma pressão para que a quota de 95% de apenas um filho por casal fosse cumprida na região em especifico.
Fonte: tvi24 / CLC