sexta-feira, 20 de abril de 2012

Seguridade discute situação de mulheres com prótese proibida

Se a prótese romper e o silicone vazar, a mulher pode desenvolver inflamações, infecções e nódulos

A Comissão de Seguridade Social e Família realizará audiência pública nesta manhã para discutir a situação das brasileiras com próteses mamárias de silicone das marcas Pip (francesa) e Rofil (holandesa). A iniciativa do debate é dos deputados Eleuses Paiva (PSD-SP), Alexandre Roso (PSB-RS) e Cida Borghetti (PP-PR).

Conforme reportagens publicadas pela imprensa, 24,5 mil próteses mamárias da marca PIP, acusada de causar câncer em oito mulheres francesas, foram implantadas em 12,5 mil mulheres no Brasil. O Sistema Único de Saúde (SUS) se comprometeu a substituir todas as próteses gratuitamente.

As próteses dessa marca foram proibidas no mercado mundial no ano passado, após a descoberta de que o silicone era, na verdade, um produto industrial mais barato e não destinado ao uso médico. A empresa Rofil usou silicone feito pela PIP. As vendas do silicone da Rofil foram proibidas em 2010 na Holanda.

O silicone de baixa qualidade tende a se romper mais cedo que os comuns. Infiltrado em músculos, gânglios linfáticos, nervos e glândulas mamárias, o silicone extravasado leva a inflamações, infecções e nódulos.

Serão convidados para o debate os presidentes:

- da Anvisa, Dirceu Barbano;
- da Sociedade Brasileira de Mastologia, Carlos Alberto Ruiz;
- além do secretário-geral da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), Denis Calazans Loma.

A audiência pública começa em instantes, no Plenário 7.

Fonte: www.advsaude.com.br