Vários estudos demonstram que os gastos com ações dirigidas aos médicos são repassados ao preço final dos medicamentos
O relacionamento entre médicos e farmacêuticas pode influenciar, de forma negativa ou desnecessária, as prescrições de medicamentos e as decisões de tratamento médico.
Vários estudos demonstram que os gastos com ações dirigidas aos médicos são repassados ao preço final dos medicamentos e têm impacto no bolso dos cidadãos e nos custos do sistema de saúde.
Nos EUA, os laboratórios dedicam ao marketing cerca de 25% de seus orçamentos, contra menos de 15% destinados à pesquisa.
A maioria dos médicos assegura que não se deixa influenciar por brindes em suas decisões clínicas. Aceitar presentes em nada prejudicaria os pacientes.
Pesquisa Datafolha feita em 2010 mostrou que a maioria dos médicos no Estado de São Paulo aceita brindes e avalia como positiva a relação com a indústria farmacêutica. Também não vê problemas com eventuais conflitos de interesses.
Mas um estudo clássico de 2000, publicado no ``Jama`` (periódico da Associação Médica Americana), concluiu que a distribuição de brindes, amostras grátis e subvenções para viagens tem efeito sobre as atitudes dos médicos.
Pagar uma viagem para um médico aumentaria entre 4,5 e dez vezes a probabilidade de que ele receite as drogas feitas pela patrocinadora. (CC)
Fonte: Folha de S.Paulo