Vítima teve os dois pulmões perfurados durante um procedimento
Uma família de Franca acusa o Hospital Regional da cidade de erro médico na morte de uma jovem de 19 anos, portadora de deficiência, em março deste ano. Segundo a mãe da vítima, Jucélia Arroyo Soares, a filha dela, Priscilla Stefani Gola, morreu durante um procedimento médico que teria causado a perfuração dos pulmões.
Priscila nasceu com deficiência física e mental e, em janeiro de 2010, passou por um exame que revelou uma hérnia de hiato. De acordo com Jucélia, no dia 22 de março, a jovem foi internada no Hospital Regional de Franca para a operação, mas os médicos introduziram uma agulha no peito da paciente porque tiveram dificuldades para encontrar as veias no braço dela, por onde seria aplicado o soro.
Após a morte, a família registrou um Boletim de Ocorrência no 1º Distrito Policial. O delegado responsável pelo caso, Luís Carlos da Silva, pediu um exame de necropsia e o laudo mostrou que os pulmões de Priscila haviam sido perfurados por um objeto cortante.
O diretor clínico do hospital, Paulo Silva Santos, disse que não houve erro médico. Ele afirmou que durante a madrugada, Priscila apresentou problemas respiratórios e foi levada para a UTI onde sofreu uma parada cardiorrespiratória. Segundo o diretor, os pulmões foram perfurados durante a tentativa de reanimação da paciente. “O processo é extremamente agressivo, mas é uma medida desesperadora para um paciente que está tendo uma parada cardiorrespiratória. Vale lembrar que a jovem tinha alterações na caixa toráxica, o que torna o caso mais delicado”, disse.
O delegado Silva informou que vai ouvir os depoimentos de representantes do hospital e de testemunhas. O inquérito deve ser concluído em 30 dias.
Fonte: EPTV