sábado, 30 de janeiro de 2010

PS faz diagnóstico errado sobre morte

O servidor público João Alves Rodrigues, 60, foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Santa Rosa após ser dado como morto no Hospital e Pronto-Socorro Municipal de Cuiabá. Depois do diagnóstico de morte cerebral, Neusa Divina de Jesus, resolveu dar o último abraço no irmão, antes dos aparelhos serem desligados. Neste momento, João movimentou a perna. Ela ficou surpresa e chamou um médico, que falou para ela continuar conversando com o paciente para saber se o movimento não era involuntário. Então, ele mexeu de maneira consecutiva. Airmã foi orientada por servidores do próprio PS a transferi-lo para um hospital particular. Eles disseram que era a única chance de João conseguir a cura. A mudança de local aconteceu depois de uma resistência do médico responsável, que assegurou que não havia mais chances de vida. João foi internado na UTI do hospital particular na quarta-feira (27) e Neusa esclarece que o caso dele é grave. Ela foi informada que as possibilidades poderiam ser maiores, mas muito tempo foi perdido. “Ele podia morrer sem nenhuma dignidade, no necrotério do hospital. Asorte foi que percebi a movimentação”. Os parentes chegaram a ser informados da morte e familiares que moram em outros Estados e no interior vieram para Capital para o velório. Acidente - João Alves caiu do telhado da chácara dele, na região de Manso, e foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Afamília conta a vítima que tem convênio de saúde e eles pediram para ambulância levá-lo para uma unidade privada, mas as normas do resgate são que os primeiros atendimentos devem ser realizados no Pronto-Socorro. No local, os médicos informaram que o servidor estava com morte cerebral e que precisava de 2 laudos para confirmar a situação e desligar os aparelhos. O médico do plantão noturno de terça-feira (26) informou que ia deixar o diagnóstico pronto e assim que o profissional da manhã chegasse, às 6h do dia seguinte, ele assinaria o segundo documento, necessário para liberação do corpo para o velório.
Fonte: Gazeta Digital