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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

sábado, 13 de abril de 2013

UTI de maternidade fechada no DF recebeu bebê mesmo após 7ª morte

Transferência aumentaria os riscos de uma nova morte, disse secretário.
Maternidade de Ceilândia é a maior do DF e faz 20 partos por mês.


Mesmo após a morte do sétimo bebê em 18 dias, a UTI neonatal do Hospital Regional de Ceilândia recebeu outro recém-nascido na manhã deste sábado (13). A Secretaria de Saúde do Distrito Federal anunciou o fechamento da maternidade como "medida preventiva". As causas da morte da criança ainda não foram identificadas - a pasta não descartou a possibilidade de infecção por Serratia.

Segundo o secretário-adjunto, Elias Miziara, o bebê foi internado mesmo após a morte da outra criança e a interdição da maternidade por ter "chance de sobrevida pequena" se fosse transportado para outro local. "Sempre aumenta enormemente o risco para ele [se ele for transferido, em vez de ficar no hospital]", disse.

Miziara informou ainda que os bebês atualmente internados na unidade - 11 na enfermaria e oito na UTI - não serão transferidos para prevenir novos contágios. "Poderia representar um risco para outras unidades", disse.

Na manhã deste sábado a secretaria solicitou que bombeiros e Samu não encaminhem mais mães ao hospital. A maternidade é a maior do DF e realiza cerca de 20 partos por dia.

Dos 56 leitos disponíveis na enfermaria, 11 estavam ocupados neste sábado. Todas as oito vagas na UTI neo-natal também tinham bebês internados. Destes, a Secretaria informou que dois também estão contaminados pela bactéria Serratia, mas em quadro controlado;um está sob investigação e os outros cinco enfrentam outros problemas.

A pasta informou que vai trocar antibióticos e materiais de limpeza para auxiliar na higienização da unidade. Não há previsão para que todas as crianças internadas recebam alta nem para a a desinterdição da maternidade.

"Nós ainda não sabemos exatamente se há um foco [provocando infecções por bactéria], nem onde está esse foco", explicou o secretário. "É possível até que a situação esteja controlada, mas estamos adotando uma conduta preventiva."

Interdição
A Secretaria de Saúde decidiu fechar a maternidade do hospital na manhã deste sábado depois que mais um bebê morreu na UTI neonatal. Foram sete casos no período de 18 dias. De acordo com a pasta, a média costuma ser de cinco mortes por mês.

Dos sete bebês, dois foram mortos por infecção da bactéria Serratia. Outros dois morreram por problemas gástrico e cardíaco, sem ligação com a bactéria. As mortes das outras três crianças, incluindo a que morreu neste sábado, ainda estão sendo investigadas.

"Um sinal de alerta surge quando você vê uma criança que, ao que tudo indica, irá bem, e aí acontece um evento como esse [morte]", disse o secretário-adjunto.

A transmissão da bactéria ocorre principalmente por causa da falta de higiene nas mãos. A Serratia causa diminuição das plaquetas no sangue, que é responsável pela coagulação. Pacientes com baixa quantidade de plaquetas estão mais suscetíveis a anemias e hemorragias.

Fonte: Globo.com