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Advogado. Especialista em Direito Médico e Odontológico. Especialista em Direito da Medicina (Coimbra). Mestre em Odontologia Legal. Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico e Hospitalar - Escola Paulista de Direito (EPD). Coordenador da Pós-graduação em Direito Médico, Odontológico e da Saúde (FMRP-USP). Preceptor nos programas de Residência Jurídica em Direito Médico e Odontológico (Responsabilidade civil, Processo ético médico/odontológico e Perícia Cível) - ABRADIMED (Academia Brasileira de Direito Médico). Membro do Comitê de Bioética do HCor. Docente convidado da Especialização em Direito da Medicina do Centro de Direito Biomédico - Universidade de Coimbra. Ex-Presidente das Comissões de Direito Médico e de Direito Odontológico da OAB-Santana/SP. Docente convidado em cursos de Especialização em Odontologia Legal. Docente convidado no curso de Perícias e Assessorias Técnicas em Odontologia (FUNDECTO). Docente convidado do curso de Bioética e Biodireito do HCor. Docente convidado de cursos de Gestão da Qualidade em Serviços de Saúde. Especialista em Seguro de Responsabilidade Civil Profissional. Diretor da ABRADIMED. Autor da obra: COMENTÁRIOS AO CÓDIGO DE ÉTICA MÉDICA.

terça-feira, 9 de abril de 2013

Pacientes dormem na fila do PAM Salgadinho em Maceió

Muitas pessoas levam colchões lençóis, travesseiros e até dominó.
Outra reclamação é sobre a venda de fichas na porta da unidade de saúde.


A fila para atendimento no PAM Salgadinho, em Maceió, se formou no início da noite de segunda-feira (9). Para encarar tanto tempo de espera muitos levam colchões, lençóis, travesseiros e até dominó.

A dona de casa Francisca dos Santos chegou às 17h30 de segunda para tentar marcar uma consulta para o marido. "Aí o jeito que arrumei foi dormir na fila. Meu marido já está com 15 dias para entregar os exames, já veio uma vez e nã conseguiu", diz.

Às 6 da manhã, a fila estava bem maior. Odete Feliciano da Silva, dona de casa, tem medo de dormir no PAM Salgadinho. Ela chegou às 5h30 e diz que já perdeu as contas de quantas vezes passou por essa situação. Ela veio tentar uma consulta para a filha. "Já vim quatro vezes e não consegui, mas dormir eu não durmo, não. Não vou arriscar minha vida", desabafa.

Em frente ao PAM Salgadinho, no setor de marcação de exames e cirurgias a situação se repete. A secretária Renedy Cavalcante diz que também dormiu na fila para tentar uma ficha de atendimento. "Se eu não consegui hoje, eu venho amanhã de novo, até conseguir", reclama.

Outra reclamação é a venda de fichas. "A gente chega aqui quatro horas da manhã e tem um grupinho de cinco ou seis pessoas vendendo ficha por R$ 15 ou R$ 20", diz o apsentado Eudes Dantas.

E como se não bastasse tanto tempo de espera, antes das 7h as fichas para exames já tinham acabado. Nenhum funcionário quis gravar entrevista.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que a demora na marcação de consultas acontece por causa da disparidade entre a oferta de serviços e a demanda. Disse ainda que a Secretaria está trabalhando para aumentar o número de especialidades e serviços nos postos de saúde. Com relação a falta de médicos, já foi feito um levantamento do número de profissionais necessários para melhorar o atendimento, o que deve ser solucionado com um concurso público, previsto para acontecer ainda neste semestre.

Sobre as filas, a direção da unidade informou que o problema acontece quando pacientes de outras unidades e do interior, que não marcam consultas nos seus locais de origem, procuram atendimento no PAM Salgadinho. A direção orienta que isso seja feito nos locais onde os usuários moram.

Sobre a venda de fichas registrada pela nossa equipe de reportagem na junta médica, que fica em frente ao PAM Salgadinho, a Secretaria de Saúde informou que tem o conhecimento do problema e está apurando o caso para tomar providências.

Fonte: Globo.com